O chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, se mostrou aberto à proposta de mudar o sistema de pontuação da Fórmula 1 para a temporada 2025, mas destacou um potencial problema.
Baseado em sua experiência com a Alfa Romeo-Sauber (atual Stake F1 Team), Vasseur entende a frustração de equipes que fazem boas corridas, mas não conquistam pontos por terminarem fora do top 10.
A Comissão da F1 se reuniu na última quinta-feira para votar a ampliação das posições que rendem pontos, de 10 para 12. No entanto, a decisão foi adiada para o próximo encontro, em julho.
“Não sou contra a mudança”, disse Vasseur à imprensa após o GP da China. “Vindo da Alfa Romeo, entendo perfeitamente a frustração de fazer um ótimo fim de semana, mas se ninguém abandona na frente, você termina em 11º e não marca pontos. É o mesmo terminar em 11º ou 20º.”
Apesar de apoiar a alteração, Vasseur ressalta que a medida pode não resolver o problema por completo. A pressão pela mudança vem da clara divisão do grid em dois grupos de performance em 2024. As cinco primeiras equipes, Red Bull, Ferrari, McLaren, Mercedes e Aston Martin, concentram a maioria dos pontos, deixando as demais dependendo de abandonos ou erros dos líderes.
“Se fizerem essa mudança, e no ano que vem, tivermos seis times na frente, o piloto que terminar em 13º dirá a mesma coisa. É preciso ter atenção”, ponderou Vasseur, reiterando seu apoio inicial à proposta.
Ainda não se sabe o motivo pelo qual a decisão não foi tomada na última reunião. Como a mudança não deve afetar as equipes da ponta, acredita-se que elas, assim como as equipes que lutam no pelotão de trás, sejam favoráveis à adoção do novo sistema de pontuação.