F1: Vasseur cita Hamilton e Rosberg em 2016 para não escolher um piloto número 1

O chefe da equipe Ferrari, Fred Vasseur, afirmou ser contra a atribuição de um piloto número um em uma equipe, apontando a temporada de 2016 na Mercedes como um exemplo de como ‘essas situações podem acontecer em qualquer lugar’ na Fórmula 1.

Vasseur disse que Charles Leclerc e Carlos Sainz estão recebendo tratamento igual dentro da Ferrari, e será assim até o momento em que um piloto tenha que ser apoiado em uma disputa pelo título.

Ao falar sobre como escolher um piloto em vez de outro, Vasseur destacou que favorecer um piloto em detrimento de outro não é a coisa correta a se fazer no início de uma temporada, usando como exemplo, Nico Rosberg, que acabou superando Lewis Hamilton na disputa pelo título em 2016.

Rosberg havia sido derrotado no campeonato por seu companheiro de equipe na Mercedes, nos dois anos anteriores, antes de aproveitar ao máximo os infortúnios de confiabilidade de Hamilton no início do ano, e foi capaz de manter o britânico à distância pelo restante da temporada para conquistar seu único título, antes de se aposentar imediatamente após a conquista.

A história daquela temporada, de acordo com Vasseur, é um exemplo de que colocar um dos pilotos da equipe em um papel coadjuvante, é incorreto tanto para o piloto quanto para a equipe.

“Passei 30 anos no box com jovens pilotos, e nas categorias juniores não há primeiro e segundo piloto. Todos eles têm o mesmo equipamento”, disse Vasseur à AS.

“Se você pode fazer isso nas categorias juniores, não consigo imaginar a Ferrari não tendo a capacidade de fornecer o mesmo material para os dois pilotos. Seria ainda mais difícil não fazer isso.”

“Então, em algum momento da temporada, você pode ter que tomar uma decisão, se um dos pilotos estiver diretamente em uma disputa de campeonato e precisando de pontos, mas temos dois pilotos que podem vencer corridas”, disse ele.

“São situações que podem acontecer em qualquer lugar, você tem que lembrar da temporada de Rosberg e Hamilton. Ninguém esperava que ele ganhasse aquele campeonato, mas ele venceu.”

“Temos dois pilotos fortes que podem marcar muitos pontos, pódios e vencer corridas. E temos que usar isso como um recurso. Podemos forçar muito com os dois”, finalizou Vasseur.



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