F1: Vasseur reconhece problemas e pede calma após onda de críticas

Frederic Vasseur, chefe da Ferrari, admitiu que o time errou ao introduzir sua atualização no GP da Espanha de Fórmula 1, o que trouxe de volta o problema do ‘porpoising’ nos carros da equipe.

Apesar de um bom começo na atual temporada que inclui vitórias na Austrália e Mônaco, de Carlos Sainz e Charles Leclerc, respectivamente, a Ferrari caiu para a quarta colocação no campeonato de construtores após uma sequência de resultados ruins nas corridas mais recentes. O último GP da Inglaterra foi particularmente frustrante, com Charles Leclerc eliminado no Q2 e terminando a corrida sem pontuar.

“O resultado em Silverstone é enganoso”, disse Vasseur ao Auto Motor und Sport. “Agora entendemos melhor o nosso problema recente, do que antes do final de semana em Silverstone. Tivemos que sacrificar os treinos livres de sexta-feira para isso, mas as lições aprendidas nos ajudarão no futuro.”

Vasseur explicou ainda que a atualização na Espanha causou o retorno do ‘porpoising’, fenômeno que afetava muito os carros em 2022 e que não é reproduzido em túnel de vento, dificultando o diagnóstico do problema.

“A atualização feita para Barcelona é um progresso em teoria”, afirmou Vasseur. “Também em grande parte na pista. Infelizmente, o ‘porpoising’ voltou em algumas curvas rápidas. Mas não em todas. Como isso não é reproduzível no túnel de vento, é difícil descobrir o que causa isso. O ‘porpoising’ aumenta a temperatura dos pneus e isso custa tempo em outras áreas. É por isso que comparamos duas especificações diferentes de assoalho em Silverstone.”

Vasseur pede calma para a equipe lidar com as críticas da imprensa e de parte dos fãs. Ele argumenta que as margens de diferença nos tempos de classificação e corrida são mínimas e que a Ferrari não pode controlar esses fatores externos.

“Desisti de tentar explicar isso. Em Ímola, Sainz e (George) Russell estavam a dois milésimos de segundo. Três corridas depois, em Barcelona, estamos três centésimos atrás da Mercedes. Uma hora somos elogiados, outra hora apanhamos. Por algumas centésimos de segundo. Você pode argumentar com pontos, mas não com tempos de volta. Não fazemos um trabalho melhor ou pior se estivermos um centésimo de segundo à frente ou atrás. Como equipe, é preciso manter a calma. Isso não é fácil, porque as reações externas mostram grandes oscilações. Na Itália, mais do que em qualquer outro lugar”, finalizou o chefe da Ferrari.



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