Max Verstappen conseguiu a pole-position do GP do Catar, mas não vai ficar. Horas após o encerramento da classificação deste sábado (30), o piloto recebeu uma punição de perda de uma posição e alinha em segundo no domingo, com George Russell ficando com a posição de honra do grid.
Durante a tomada de tempos no circuito de Lusail, o titular da Mercedes veio ao rádio para se queixar do recém-coroado tetracampeão da F1. Segundo o britânico, o piloto vinha muito lento à sua frente – acontece que Max estava em volta de desaquecimento e George não estava em volta rápida.
Então, após horas de deliberação da direção de prova e ouvir tanto Verstappen quanto Russell, além de representantes das equipes e também analisar dados, vídeos, telemetria, veio o veredito: o holandês perde a pole-position e larga da segunda colocação no Catar.
Segundo o documento oficial liberado pela FIA, a sanção veio por conta de que Max “pilotou desnecessariamente lento na volta de desaquecimento”. Com isso, descumpriu o artigo 33.4 do Regulamento Esportivo da F1.
Ainda, segundo o documento, a punição poderia ter feito Verstappen perder três posições no grid do GP do Catar de F1, entretanto, esteve claro aos comissários de que Russell tinha clara visibilidade de Max e nenhum dos dois estava em uma volta rápida.
Leia na íntegra a decisão dos comissários pela punição de Verstappen:
Os comissários ouviram o piloto do Carro 1 (Max Verstappen), o piloto do Carro 63 (George Russell), representantes das equipes e revisaram os dados de posicionamento/sistema de sinalização, vídeos, tempos, telemetria, rádios das equipes e evidências de vídeo interno.
O Carro 1 estava em uma estratégia de preparação diferente daquela do Carro 63. O Carro 1 estava bem fora do delta, e o piloto do Carro 1 explicou que havia permitido que os Carros 4 e 14 passassem.
O piloto do Carro 63 afirmou que havia respeitado o delta e não esperava que o Carro 1 estivesse na linha de corrida. Ele declarou que, se um carro estivesse lento em uma curva de alta velocidade, não deveria estar na linha de corrida.
Os comissários consideram este caso complicado, já que, claramente, o Carro 1 não cumpriu as Notas do Diretor de Prova e estava, em nossa determinação, dirigindo desnecessariamente devagar considerando as circunstâncias.
Ficou evidente que o piloto do Carro 1 estava tentando esfriar seus pneus. Ele também podia ver o Carro 63 se aproximando, já que olhou em seus espelhos várias vezes enquanto estava na pequena reta entre as Curvas 11 e 12.
De forma incomum, este incidente ocorreu quando nenhum dos carros estava em uma volta rápida. Caso o Carro 63 estivesse em uma volta rápida, a penalidade provavelmente teria sido a habitual de três posições no grid. Entretanto, como atenuante, ficou claro que o piloto do Carro 63 tinha visibilidade do Carro 1 e que nenhum dos dois estava em uma volta rápida.
Os competidores são lembrados de que têm o direito de apelar de certas decisões dos comissários, de acordo com o Artigo 15 do Código Esportivo Internacional da FIA e o Capítulo 4 do Regulamento Judicial e Disciplinar da FIA, dentro dos prazos aplicáveis.
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