O futuro de Max Verstappen na Red Bull está cada vez mais incerto. O piloto holandês, tetracampeão mundial, pode deixar a equipe ao fim de 2025, segundo Gerhard Berger, ex-piloto e primeiro atleta patrocinado pela RBR.
A turbulência interna na equipe, agravada por disputas de poder e problemas no desenvolvimento do motor para 2026, levanta dúvidas sobre a continuidade do domínio da Red Bull na Fórmula 1.
“A Fórmula 1 é tão complexa e competitiva que só se pode ter sucesso se todos na equipe estiverem unidos, em sintonia e se comunicando bem. A marca Red Bull sempre transmitiu felicidade e uma imagem descolada. De repente, tudo mudou”, afirmou Berger à Auto Motor und Sport.
Enquanto isso, Verstappen parece disposto a mudanças, inclusive no visual do carro. “Tivemos tantos carros azul fosco – às vezes acho que é bom mudar um pouco”, disse o piloto de 27 anos.
As incertezas na Red Bull coincidem com rumores de uma oferta bilionária da Aston Martin – que irá contar com Adrian Newey a partir de 2025 – para Verstappen. Além disso, a demora na decisão sobre a permanência de Sergio Pérez também foi um ponto criticado por Berger: “Ninguém no meio profissional entendeu por que ele ainda recebeu um contrato”.
Para o ex-piloto, a crise na equipe pode marcar uma ruptura definitiva. “Na época de Mateschitz, a Red Bull sempre foi famosa pela clareza”, ressaltou.
“É sabido que leva muito mais tempo para construir algo do que para destruí-lo”, continuou. “Mas ninguém teria pensado que, apenas seis meses após a morte de Didi Mateschitz, tudo desmoronaria”.
Berger acredita que a capacidade da equipe de reverter esse cenário será determinante para a permanência de Verstappen: “Será interessante ver se a Red Bull conseguirá voltar à sua antiga força ou se Verstappen continuará tendo dificuldades para vencer. Se isso acontecer, ele pensará se ainda está na equipe certa”.