Max Verstappen foi o grande vencedor do caótico GP do Canadá da F1. Neste domingo (9), em uma prova que de tudo aconteceu um pouco, o titular da Red Bull se esquivou de problemas e usou de melhor estratégia para alcançar a vitória 60 da carreira.
Antes do início da prova, a chuva mais uma vez deu as caras em Montreal. Com os pilotos já no grid, as condições estavam complicadas com o asfalto bastante molhado, apesar de a precipitação ter dado uma trégua para a largada da disputa.
Para essa primeira parte da corrida, a maioria esmagadora dos pilotos optaram por largar com pneus de pista intermediária, portanto, molhada, mas não encharcada. As únicas exceções foi a dupla da Haas, que saiu para asfalto totalmente molhado.
Na formação do grid, os pilotos da Sauber teriam de largar dos boxes. O motivo foi que a equipe mexeu em ambos os carros em condições de parque fechado, algo proibido pelo regulamento.
Saiba como foi o GP do Canadá da F1:
Largada autorizada e muito spray levantou dos carros. Russell conseguiu se manter na primeira colocação, apesar de uma primeira investida de Verstappen. Lando Norris, Oscar Piastri e Fernando Alonso também se mantiveram nas cinco primeiras colocações, os pilotos com cautela por conta das condições.
Enquanto isso, Sergio Pérez teve um começo complicado. Após ter ficado no Q1 da classificação e alinhar apenas em 16º, o mexicano despencou e caiu para 18º.
Nessa segunda volta, foi possível ver que a chuva apertou bastante no Canadá. Quem se deu bem foi Magnussen por estar com pneu de chuva extrema e, assim, conseguiu escalar sete posições e aparecia na sétima colocação, começando a caçada em cima de Alonso.
Com três voltas completadas, a ordem na pista estava Russell em primeiro a 2s4 de Verstappen, segundo. Norris, Magnussen, Piastri, Alonso, Hamilton, Hülkenberg, Ricciardo e Stroll completando a zona de pontuação.
A estratégia da Haas vinha se pagando cada vez mais. Tanto é que neste ponto da corrida, Kevin foi quem anotou a melhor volta da corrida com 1min36s134.
Pela onboard dos carros, era possível ver que o céu estava começando a abrir na região do Autódromo Gilles Villeneuve. Entretanto, as condições da pista ainda estavam bastante molhadas, apesar de a chuva ter dado uma parada.
E a reviravolta para a Haas veio. Magnussen foi aos boxes quando estava na quarta colocação para calçar pneu intermediário, entretanto, quando parou, os mecânicos não estavam preparados e o pit-stop demorado o derrubou para o meio do pelotão.
A medida que as voltas vão passando, as condições iam melhorando criando o traçado seco no asfalto. Nisso, Verstappen começou a se aproximar de Russell e após diminuir a distância para 1s447, virou mais rápido que o britânico – 1min29s2 contra 1min29s7.
Com 12 voltas feitas, Russell estava a menos de 1s de distância de Verstappen, com Norris, Piastri, Alonso, Hamilton, Ricciardo, Stroll, Hülkenberg e Leclerc completando as dez primeiras colocações.
O asfalto estava cada vez mais seco, apesar de os pilotos ainda estarem de intermediários. Entretanto, mesmo com os competidores vindo ao rádio dizendo que seria momento de colocar os compostos slick, os times indicavam nova chuva em menos de 20 minutos – essa era a volta 14.
Norris começava a tirar cada vez mais sua diferença para o holandês da Red Bull. O vencedor do GP de Miami de 2024 estava a 2s914 do adversário, sendo o piloto com a volta mais rápida do momento.
O britânico mais uma vez fez a volta mais rápida da corrida com 1min26s e, neste momento, aproveitou que Max cometeu um erro e passou reto na curva 1, despencando a separação entre os pilotos para apenas 0s6.
Na volta 18, então, a direção de prova indicou que poderia abrir o DRS. Sem perder tempo, Norris aproveitou para abrir a asa, mas sem grande sucesso para a ultrapassagem, mas se aproximando perigosamente em cima do tricampeão.
Insistiu e conseguiu, enfim, pois ultrapassagem de de Lando em cima de Max aconteceu no giro 21, com o trilho seco bastante evidente no traçado. O britânico ainda não estava satisfeito e já estava enquadrando Russell, cortando para 0s324 de distância para o piloto a Mercedes.
E tudo aconteceu de uma só vez. O piloto da McLaren conseguiu dar o bote e consumar a passada em cima do conterrâneo, assumindo a primeira posição, enquanto George cometeu um erro e caiu para a terceira colocação.
O sol se escondeu e a previsão era de que a chuva chegaria em cerca de 3 minutos. Neste momento, Norris estava a 4s9 do restante do pelotão, com Verstappen, Russell, Piastri, Alonso, Hamilton, Ricciardo, Stroll, Albon e Tsunoda fechando a zona de pontos.
Então, na volta 25, o primeiro grande acidente da corrida. Logan Sargeant bateu na curva 4, setor 1, ficando parado na pista e provocando uma bandeira amarela localizada e, na sequência, safety-car.
Com a entrada do carro de segurança, muitos pilotos acabaram indo aos boxes. Acontece que em um primeiro momento, Norris e a McLaren optaram por não fazer uma troca de pneus.
Lando chegou a fazer o pit-stop na volta seguinte. Entretanto, por conta de uma chamada mais atrasada em comparação com os adversários, o britânico até fez parada rápida, mas voltou ao traçado em terceiro.
Volta 29 e relargada autorizada no Autódromo Gilles Villeneuve. Neste momento, a chuva voltou a cair e começou a molhar levemente mais uma vez a pista e Leclerc era o único de pneu slick, calçando o duro.
O monegasco chegou a dizer que a chuva voltou, mas recebeu de resposta que era para se manter na pista porque não demoraria a secar.
33 voltas haviam sido completadas e a pista estava bastante molhada mais uma vez. Verstappen era o primeiro a 1s593 de Russell, segundo. Norris, Piastri, Hamilton, Alonso, Tsunoda, Stroll, Albon e Ocon completando o top-10.
O trilho seco já começava a aparecer no circuito mais uma vez. Na volta 40, o DRS voltou a ser habilitado e neste momento, Verstappen, Russell, Norris, Piastri e Hamilton completavam o top-5.
Com o sol voltando a brilhar no circuito canadense, mesmo após Russell dizer que as curvas 1 e 2 estarem ainda bastante molhadas, Pierre Gasly foi o primeiro a calçar o pneu slick, optando pela opção dura da gama da Pirelli.
Cada vez mais os pilotos iam aos boxes para colocar os compostos de condições secas. Da ponta, Hamilton foi o primeiro a fazer sua parada e com pneu médio, retornou ao traçado na décima colocação.
Mais uma vez, enquanto todos os competidores estavam indo fazer as trocas de pneus, Norris e McLaren decidiram se manter na pista com os compostos intermediários – o piloto chegou a dar uma escapada da pista quase na entrada dos boxes, lance que passou por investigação na sequência. Nisso, reassumiu a primeira colocação e estava 20s3 à frente de Verstappen.
Na volta 48, então, Lando foi finalmente fazer seu pit-stop e escolheu o composto médio. Quando estava saindo do pitlane, pegou a parte molhada do asfalto e, portanto, quando foi para a pista, patinou e não conseguiu ficar à frente de Verstappen.
Se Norris chegou a brigar pela vitória, agora era ultrapassado por Russell, caindo para a terceira colocação. O piloto estava a 0s411 de distância para seu companheiro Piastri, o quarto.
Com 49 voltas completadas, dois pilotos haviam abandonado: Sargeant por conta do acidente e Leclerc por conta do problema de motor que sustentou durante toda a corrida. Enquanto isso, Pérez estava ainda fora da zona de pontos.
Dois giros seguintes, então, a briga entre Russell e Norris se repetiu. Dessa vez, George errou e Lando aproveitou para reassumir a segunda colocação – o piloto da Mercedes tentou dar o troco, mas sem sucesso.
De repente, a transmissão mostrou que o carro de Pérez estava totalmente danificado por alguma batida, mas ainda sem grandes explicações. Nisso, o recém-renovado por dois anos despencou para 17º e, na sequência, foi aos boxes.
Logo depois, foi a vez de Sainz e Albon também se envolveram em um toque. O espanhol foi para a grama e quase não conseguiu retomar o traçado, mas logo voltou. Já Alexander não conseguiu tirar o carro e, assim, promoveu a saída de mais um carro de segurança.
Neste momento, a ordem estava Verstappen, Norris, Piastri, Russell e Hamilton completando o top-5. Neste momento, apenas a dupla da Mercedes foi aos boxes.
A corrida foi relargada com 11 voltas para o encerramento. Verstappen não teve problemas para se manter em primeiro e já abriu 1s4 para Norris, segundo. Piastri completava o pódio provisório e apenas 15 pilotos estavam na pista com cinco abandonos.
Russell, na quarta colocação, começou a caçada em cima de Piastri, o terceiro. O titular da Mercedes colocou lado a lado, chegou a abrir a asa móvel, mas sem sucesso, viu a porta fechada pelo australiano.
Na sequência, a McLaren veio ao rádio de Oscar para perguntar se conseguiria atacar Verstappen na parte final da disputa, mas o competidor falou que primeiro iria se focar em deixar George para trás.
Depois, a dupla voltou a disputar, mas, dessa vez, acabaram se tocando. Quem levou a pior foi Russell, que despencou para quinto, com Hamilton assumindo o quarto posto a 0s6 de Piastri – e não demorou para deixar o australiano para trás, consumando a passada na volta 66.
Então, com três voltas para a bandeira quadriculada, Tsunoda sofreu um baita de um susto. O piloto pisou na grama e escapou, passando raspando no muro e ficando atravessado na pista. Nisso, Magnussen vinha atrás e desviou do japonês em cima da hora, mas evitando um grande acidente.
Russell ainda vinha conseguindo subir posições no encerramento da disputa. Fazendo uma manobra em cima do companheiro, o britânico tomou a terceira colocação, a 1s6 de Norris e 0s7 de Hamilton.
Bandeira quadriculada e Verstappen cruzou a linha de chegada na primeira colocação após uma corrida para lá de movimentada. Norris terminou em segundo, enquanto Russell garantiu a terceira posição no Canadá.
F1, GP do Canadá, corrida, resultado:
1) Max Verstappen (Red Bull/Honda RBPT) 70 voltas
2) Lando Norris (McLaren/Mercedes) 70
3) George Russell (Mercedes) 70
4) Lewis Hamilton (Mercedes) 70
5) Oscar Piastri (McLaren/Mercedes) 70
6) Fernando Alonso (Aston Martin/Mercedes) 70
7) Lance Stroll (Aston Martin/Mercedes) 70
8) Daniel Ricciardo (RB/Honda RBPT) 70
9) Pierre Gasly (Alpine/Renault) 70
10) Esteban Ocon (Alpine/Renault) 70
11) Nico Hülkenberg (Haas/Ferrari) 70
12) Kevin Magnussen (Haas/Ferrari) 70
13) Valtteri Bottas (Sauber/Ferrari) 70
14) Yuki Tsunoda (RB/Honda RBPT) 70
15) Zhou Guanyu (Sauber/Ferrari) 69
OUT) Carlos Sainz (Ferrari) 52
OUT) Alexander Albon (Williams/Mercedes) 52
OUT) Sergio Pérez (Red Bull/Honda RBPT) 51
OUT) Charles Leclerc (Ferrari) 40
OUT) Logan Sargeant (Williams/Mercedes) 23