O ex-piloto e campeão na Fórmula 1 em 1997, Jacques Villeneuve, afirmou que Franco Colapinto não soube aproveitar a chance de garantir uma vaga como piloto titular na categoria em 2025. Segundo Villeneuve, o jovem argentino, que disputou algumas corridas pela Williams em 2024, tem apenas a si mesmo para culpar por não conseguir consolidar sua posição.
Após substituir Logan Sargeant no meio da temporada, Colapinto teve momentos promissores, marcando pontos em Singapura e nos EUA, mas sua sequência foi marcada por erros graves, como fortes acidentes em São Paulo e em Las Vegas, além de um abandono na primeira curva no Catar. Esses incidentes minaram o interesse de algumas equipes, principalmente da Red Bull Racing, que inicialmente mostraram admiração por seu desempenho.
Villeneuve foi direto ao comentar a situação do piloto de 21 anos: “Franco Colapinto teve a oportunidade de ouro. Poucos pilotos têm essa chance, e ele conseguiu disputar algumas corridas na Fórmula 1, o que já é impressionante. Mas ele não soube julgar a situação muito bem”, disse o canadense em entrevista ao Action Network.
O futuro de Colapinto agora depende de seu papel como piloto reserva na Alpine e do desempenho de Jack Doohan no início da próxima temporada da F1, já que segundo várias fontes, o contrato de Dohhan só garantiria sua posição como titular na equipe francesa, nos primeiros seis GPs de 2025.
Villeneuve também demonstrou surpresa com o número de estreantes na Fórmula 1 em 2025. Com seis novatos no grid, incluindo Gabriel Bortoleto, Andrea Kimi Antonelli e Isack Hadjar, o canadense questionou o processo de avaliação dos talentos oriundos da Fórmula 2.
“A F2 nunca foi um bom parâmetro para avaliar pilotos. É difícil entender como eles chegam à F1 tão rápido, com pouca experiência. Eles têm muito trabalho em simuladores, mas isso nem sempre traduz resultados na pista”, concluiu Villeneuve, citando Antonelli como exemplo de um piloto que ainda precisa amadurecer após episódios como o ocorrido em Monza.
Mesmo com as críticas, Villeneuve reconheceu o talento de Colapinto, mas ressaltou que a Fórmula 1 exige não apenas velocidade, mas também maturidade e consistência para lidar com a pressão no mais alto nível do automobilismo.