James Vowles, chefe da equipe Williams, afirmou não ter arrependimentos sobre a decisão de promover Franco Colapinto a um assento titular na Fórmula 1, dizendo que o jovem argentino não teria tido o mesmo impacto caso a mudança tivesse ocorrido mais cedo. Colapinto impressionou em suas duas primeiras corridas na F1, recuperando-se de uma qualificação difícil em Monza para terminar em 12º e depois superando seu companheiro de equipe, Alex Albon, no GP do Azerbaijão, onde conquistou seus primeiros pontos com um oitavo lugar.
Antes dessas corridas, a experiência de Colapinto ao volante de um carro de Fórmula 1 se limitava ao teste pós-temporada em Abu Dhabi no ano anterior e à participação no TL1 do Grande Prêmio da Inglaterra, quando substituiu Logan Sargeant, a quem eventualmente sucedeu para o restante da temporada de 2024. Sargeant perdeu seu assento devido a uma série de performances decepcionantes e acidentes, mas Vowles acredita que a escolha de Colapinto no momento certo foi crucial para o desempenho consistente que ele apresentou.
Vowles explicou que a equipe passou um tempo preparando o piloto argentino para este momento. “Muito do que estávamos fazendo com ele nos bastidores era desenvolvê-lo para esta oportunidade”, disse Vowles. “Silverstone foi uma das primeiras vezes que ele entrou no carro, e ele claramente deu um salto desde Abu Dhabi no ano anterior. Ele fez progressos no inverno e também na Fórmula 2.”
O chefe da Williams acredita que, se a decisão de promover Colapinto tivesse sido tomada no início da temporada, o piloto não teria mostrado o mesmo nível de desempenho. “Se tivéssemos feito isso no começo do ano, não acho que veríamos o Franco que temos hoje. Houve muita preparação, tanto no simulador quanto em outros aspectos, para levá-lo ao nível que ele está agora”, completou.
Sobre a troca com Sargeant, Vowles comentou que tomar a decisão de tirar um piloto do grid é uma das mais difíceis, mas que o momento foi escolhido com precisão. “No ponto em que atualizamos o carro e entregamos desempenho suficiente para marcar pontos, era o momento certo para fazer a mudança”, afirmou.
Mesmo sem arrependimentos, Vowles admitiu que Colapinto superou as expectativas. “Sabíamos que ele era rápido, por isso o colocamos no carro, mas esperávamos que ele precisasse de mais tempo para se adaptar. Em Monza, ele entregou o que eu esperava. Mas ir para um circuito novo, como Baku, e estar no ritmo já no TL1, mesmo após um acidente, é desafiador, e ele tem sido excelente em lidar com a pressão.”
Colapinto se tornou o primeiro argentino a marcar pontos na F1 em 42 anos, e Vowles elogiou sua capacidade de absorver a pressão e entregar resultados. “Ele fez um trabalho absolutamente incrível. Saltou direto, com os dois pés, e tem nadado bem desde então. Marcar pontos em seu segundo Grande Prêmio, estando a poucos segundos de Alex, é extraordinário.”
Quanto ao futuro de Colapinto, ainda há incertezas. Com Carlos Sainz se juntando à Williams ao lado de Albon em 2025, surgiram rumores de que o jovem argentino poderia ser transferido para a Sauber, conforme reportado por fontes como AS/MS.