Um respeitado observador da Fórmula 1, Peter Windsor, elogiou a abordagem renovada de Michael Andretti para ingressar no grid da categoria, como um golpe de mestre, alegando que sua proposta envolvendo a General Motors/Cadillac efetivamente desafiou o esporte a rejeitá-los.
Depois que as tentativas anteriores de conseguir uma entrada falharam, Andretti chamou muita atenção do mundo da F1 no início deste mês, ao anunciar que havia unido forças com a General Motors através da marca Cadillac, em um novo esforço para conseguir um lugar na Fórmula 1.
Os planos de Andretti causaram uma divisão entre a Fórmula 1, e a maior parte das atuais equipes da categoria, de um lado e a FIA de outro, com o presidente Mohammed Ben Sulayem, chamando de ‘reação morna’ da categoria, nos dias seguintes ao anúncio de Andretti.
Apenas a McLaren e a Alpine (que deve ser a fornecedora de motores para a Andretti, através da Renault), são favoráveis a entrada da equipe americana na F1.
Falando por meio de sua transmissão no Twitch, o ex-gerente da equipe Williams e Ferrari, Windsor, elogiou o proprietário Michael Andretti por tornar sua proposta quase impossível para a F1 recusar.
Ele disse: “A abordagem de Michael foi: ‘OK, se eu apenas tentar entrar na Fórmula 1 como Michael Andretti, todas as equipes existentes vão dizer: Bem-vindo, Michael, mas não, você não pode comer uma fatia do bolo. Se você quiser entrar, precisa comprar um de nós’. E Michael está dizendo: ‘Não vou desperdiçar dinheiro comprando vocês, quero fazer minha equipe completamente nova e quero fazer do meu jeito, e precisa ser uma equipe Andretti Global’. E eles estão dizendo: ‘Bem, isso não vai acontecer’,” disse Windsor.
“Mas agora, com a parceria com a General Motors/Cadillac, não é um grande problema ter que convencer as equipes a deixá-lo criar uma nova equipe, porque acho que a Liberty (Media, proprietária da F1) está realmente ansiosa para que isso aconteça.”
“Acho que foi um golpe de mestre de Michael Andretti, porque ele está usando o link General Motors/Cadillac para dizer à Fórmula 1: ‘Então vocês não querem uma empresa americana na Fórmula 1, do tamanho da General Motors ? Você não quer isso?’. É uma coisa muito grande. E, claro, cabe à Liberty dizer às equipes existentes: ‘Desculpe, pessoal, isso vai acontecer e beneficiará a todos vocês’,” acrescentou Windsor.
“Mas se eles (Liberty Media) terão que começar a pagar uma quantia adicional, para compensar o dinheiro que as equipes irão perder para a Andretti, é outra questão. Provavelmente eles não vão e tenho certeza que eles não gostariam de fazer isso.”
“Com a General Motors abrindo as portas para o grande dinheiro corporativo americano, a Fórmula 1 se tornará ainda maior nos EUA, e como um grupo, como uma empresa, como uma indústria, com suas equipes são como um todo, todos terão mais dinheiro como resultado e temos três corridas nos Estados Unidos agora para apoiar isso”, disse ele.
“Algumas das equipes dirão: ‘Sim, ok, faz sentido’, mas outras dirão: ‘De jeito nenhum vou permitir que a Andretti coma uma fatia do meu bolo’. Esse é o problema”, acrescentou Windsor.
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