Toto Wolff, chefe da Mercedes, falou abertamente sobre o futuro de sua equipe, após a saída de Lewis Hamilton para a Ferrari na temporada 2025 da Fórmula 1.
Durante entrevista após a sessão de classificação em Melbourne, Wolff abordou diversos temas, incluindo as dificuldades da equipe na era do efeito solo e possíveis substitutos para Hamilton.
Desde a implementação das novas regras em 2022, os carros da Mercedes têm apresentado desempenho inconsistente, e em geral, abaixo da média. O W15 deste ano também enfrenta problemas, e Wolff reconheceu que a equipe não tem ideia do porquê de sua performance variar tanto de uma sessão para outra.
Como a incapacidade de fornecer a Hamilton um carro competitivo foi crucial para a decisão do heptacampeão de mudar para a Ferrari, Wolff revelou que não foi a decisão que o chocou, mas sim o momento.
Questionado sobre como será ver seu futuro ex-piloto em uma equipe rival, a resposta de Wolff reforçou a força do relacionamento entre eles. “Não consigo imaginá-lo de vermelho, não acho que combina com ele”, brincou. “Eu disse a ele: ‘Você vai ter que se acostumar a ver a nossa asa traseira, porque essa será a sua nova perspectiva’.”
Ao comentar sobre os candidatos para substituir Hamilton, Wolff mencionou Fernando Alonso, Carlos Sainz, e a jovem promessa da Mercedes atualmente correndo na F2, Andrea Kimi Antonelli.
No entanto, foi o piloto da Red Bull, Max Verstappen, quem chamou mais atenção na conversa. Depois de falar sobre seu relacionamento com o pai de Max, Jos, e o quão perto a Mercedes chegou de contratar o holandês antes dele se juntar à Toro Rosso, Wolff mencionou a possibilidade de um reencontro.
“É um tipo de relacionamento que precisa acontecer em um determinado momento, mas não sabemos quando”, disse Wolff.
Questionado se Verstappen seria sua escolha número um para a vaga na Mercedes, Wolff respondeu: “Sim”. Vemos o nível de desempenho dele, mas não quero descartar os outros também. Acho que temos que olhar para nós mesmos e dizer: ‘O que podemos fazer com este carro?’,” acrescentou.
Ao voltar sua atenção para a área de preocupação mais imediata, o dirigente austríaco reiterou que o foco principal deve ser resolver os problemas do carro e ajudar George Russell e Hamilton na temporada, em vez de tentar encontrar uma ‘bala de prata’ com um outro piloto.