O chefe da Mercedes, Toto Wolff, expressou seu apoio à transparência na Fórmula 1, respondendo a preocupações de algumas equipes sobre a crescente proximidade entre Red Bull e AlphaTauri, principalmente a partir de 2024.
Já sendo a equipe júnior da Red Bull, a AlphaTauri passará por grandes mudanças em 2024, incluindo um novo nome, pintura e patrocinador principal, enquanto o chefe do time, Franz Tost, se despede no final deste ano, quando vai se aposentar, dando lugar a Laurent Mekies (chefe da equipe) e Peter Bayer (CEO).
Bayer deixou claro que a equipe utilizará o máximo possível de componentes transferíveis da Red Bull (anteriormente partes não listadas), com atualizações no final da temporada impulsionando a equipe do fundo da classificação de construtores para quase superar a Williams pelo sétimo lugar.
Essa mudança gerou alguma tensão no paddock, com outras equipes ansiosas para fechar quaisquer brechas potenciais no regulamento, como garantir que todas as equipes usem seus próprios túneis de vento, sendo que Red Bull e AlphaTauri atualmente compartilham as mesmas instalações.
Não há sugestão de que qualquer uma das equipes tenha feito algo errado, e Wolff está disposto a depositar sua confiança na F1.
“Tenho que ser honesto, só vi que Yuki (Tsunoda) foi sexto na sessão de classificação de Abu Dhabi e eles terminaram forte, o que me deixa feliz pelos fãs da AlphaTauri terminarem a temporada em alta”, disse Wolff. “Mas este é um mundo transparente. Não analisei nenhum componente, tenho certeza de que outros o farão, e então veremos a partir daí. Mas honestamente, não passei muito tempo pensando nisso.”
O chefe da Mercedes também abordou a taxa de desenvolvimento aerodinâmico, apontada como causa da falta de ultrapassagens, mas acredita que os pneus são um fator mais dominante nessa questão.
“Não vejo isso negativamente aqui em novembro em Abu Dhabi, temos que esperar para ver o que acontece no Bahrein no próximo ano e como a temporada vai se desenrolar”, afirmou. “Vamos ver como os pneus Pirelli vão se comportar no carro do próximo ano, mas as ultrapassagens pioraram, e tudo se resume à gestão térmica. Eu gostaria de ter corridas como no Catar, onde você apenas acelera ao máximo”, finalizou Wolff.