No mesmo passado, James Vowles foi anunciado como chefe de equipe da Williams. O britânico ocupava o papel de diretor de estratégia na Mercedes e aceitou o desafio para reerguer o time inglês.
A Williams possui sete títulos de pilotos e nove de construtores na Fórmula 1, contudo nos anos recentes o retrospecto tem sido negativo. A última vitória foi em 2012, título em 1997, e há cinco temporadas a equipe ocupa as últimas posições do campeonato.
Para Toto Wolff, a primeira missão de Vowles no time será estabelecer uma nova cultura, semelhante ao trabalho desenvolvido na Mercedes. “Quando começamos a jornada, a filosofia predominante era ‘este é um carro de corrida e precisa de boa aerodinâmica, um motor forte e assim por diante”‘, disse Wolff ao The Race. “Mas quase sempre negligenciamos que a equipe de corrida é um grupo de pessoas em uma jornada.”
“Essas pessoas têm esperanças, sonhos, objetivos, ansiedades, tudo isso. O que conseguimos fazer na Mercedes foi incorporar uma estrutura que envolve a pessoa. Nós nos importamos e acreditamos que quando nos importamos e quando montamos uma organização que demonstra isso todos os dias, você pode alcançar desempenhos extraordinários”, apontou.
“Isso não é garantia, como vimos em 22, mas a cultura e os valores são o sistema imunológico de qualquer organização e é por aí que precisa começar – em qualquer lugar, seja em um negócio convencional ou em uma equipe de corrida. James fez parte dessa jornada de desenvolvimento de nossa cultura, sobre o estabelecimento de objetivos. Então, ele será capaz de incorporar isso na organização da Williams”, destacou.
“Quando entrei na Williams em 2009, como investidor e depois em 11-12, em uma função mais ativa, encontrei um bom grupo de pessoas. Às vezes, você só vê os que estão nos cargos mais acima, mas não tenho dúvidas de que James, dentro da organização, descobrirá talentos, pessoas comprometidas e ambiciosas”, ressaltou.
“E se ele incorporar tudo isso dentro de uma mentalidade positiva; um ambiente seguro; um chefe de equipe atencioso, acho que a Williams pode dar a volta por cima e seguir em frente. Sempre começa no topo e depois precisa se espalhar pela organização”, concluiu Toto Wolff.