O chefe da Mercedes, Toto Wolff, afirmou que a taxa exigida para a entrada da Cadillac na Fórmula 1 é insuficiente. A montadora norte-americana, representada pela General Motors, deve ingressar no grid da Fórmula 1 em 2026 como a 11ª equipe, marcando a primeira vez em uma década que a categoria terá mais de vinte carros no grid.
A entrada de novas equipes é regida pelo ‘Pacto de Concórdia’, que prevê um pagamento inicial compensatório para minimizar impactos financeiros nos times já estabelecidos. Inicialmente fixada em US$ 200 milhões, essa ‘taxa anti-diluição’ foi revisada e aumentada para refletir o crescimento significativo do valor das equipes da F1 nos últimos anos.
Mesmo com o ajuste, Wolff acredita que o valor atual, especulado em US$ 450 milhões, ainda não é suficiente para compensar as perdas iniciais que as equipes podem sofrer com a entrada de um novo time. “No primeiro momento, nós perdemos”, disse Wolff em entrevista à Auto Motor und Sport. “Não sabemos exatamente quanto a Cadillac irá investir na Fórmula 1. A taxa de compensação atual não cobre a perda direta de receitas.”
Embora tenha reconhecido que a chegada de uma marca de peso como a Cadillac pode trazer benefícios para a categoria, Wolff destacou que a incerteza ainda prevalece. “Se a Cadillac entrar com uma operação de fábrica e investir um orçamento de marketing significativo na Fórmula 1, isso será um valor agregado. Porém, só o tempo dirá o que a categoria irá ganhar com um 11º participante”, acrescentou.
O dirigente também afirmou que ainda não recebeu informações detalhadas sobre os planos da Cadillac. “Ninguém falou comigo sobre o que exatamente a Cadillac pretende fazer”, concluiu Wolff.
Com a popularidade da Fórmula 1 em alta, a discussão sobre o impacto de novas equipes no equilíbrio financeiro e esportivo da categoria, segue como um tema central entre os principais dirigentes.