F1: Wolff e Marko falam sobre aumento do calendário: “Está no limite”

O atual calendário da Fórmula 1 não permite com que sejam agregadas mais corridas ao ano. Quem concorda com o pensamento é Helmut Marko e Toto Wolff, que apontam que não há mais espaço para expandir datar.

Na temporada 2024, a categoria contou com seu maior ano da história com 24 etapas, além de seis etapas sprint. Isso tudo dividido entre o mês de março e de dezembro – no final do ano, houve seis corridas em sete semanas.

Portanto, o certame chegou a um ponto onde as cargas de viagem se tornam excessivas para todos, o que não permite adicionar mais praças no futuro, apesar de o CEO da F1, Stefano Domenicali, já ter dado a entender querer mais datas.

“Acho que está no limite e agora sou apenas parte da alta gerência”, disse Marko à emissora austríaca ORF em uma entrevista conjunta com Wolff.

“É preciso olhar para os mecânicos, como durante o GP de Las Vegas. Aquela corrida foi realizada tarde da noite, com voos de 14 a 16 horas terem sido realizados, e os mecânicos precisavam estar no mesmo ritmo. Se quisermos manter essas 24 corridas no calendário, a ordem realmente precisa melhorar”, pontuou.

“As pessoas estão voando para o mundo todo, é assim que as coisas são. Mas se você me perguntar, mais [corridas] não são boas, mesmo se você olhar para a carga de trabalho. A menos que você comece com duas equipes. A distribuição das corridas precisa ser equilibrada. Você tem corridas europeias tradicionais, mas também novas corridas que são boas, mas carecem de uma certa cultura de automobilismo.

“Corridas em Spa ou Monza, por exemplo, têm essa cultura, mas é assim que precisamos manter o equilíbrio. Mas aumentá-la [número de corridas] não é permitido, se depender de mim”, completou.

Wolff reiterou que há uma grande pressão envolvida, além do final de ano ‘brutal’. “Falei com Helmut outro dia sobre Las Vegas. Foi realmente brutal, porque você só vê algumas horas de luz do dia antes de ir para a cama e não sabe quando comer. Cada um lida com isso de forma diferente, mas isso afeta tanto seu ritmo que é difícil se recuperar disso. Sem mencionar o voo”, opinou.

“Outro dia, tive um evento de patrocínio no Havaí. Fiquei lá por um total de 18h. Vim de Austin em um voo que durou 7h e depois voltei para Austin. Isso tudo parece ótimo, mas quando você está sentado em seu hotel sabendo que tem de ir a um evento e não pode simplesmente ir à praia, a situação de repente se torna muito menos divertida”, reforçou.

“Eu já achava isso cruel, então, como Helmut diz, está tudo além do limite e ainda viajamos confortavelmente. Os mecânicos viajam na classe econômica e estão constantemente subindo e descendo, então eles têm ainda mais dificuldade. Você pode ver por todos os rostos que não vai durar muito assim”, concluiu.



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