O chefe da Mercedes, Toto Wolff, afirmou que seus comentários sobre a “vida útil” de Lewis Hamilton foram tirados fora do contexto no livro “Inside Mercedes F1: Life in the Fast Lane” negando qualquer alegação de que o piloto esteja em queda de desempenho na Fórmula 1.
No novo livro sobre a Mercedes, onde teve acesso total aos bastidores da equipe, Wolff disse que a decisão de Hamilton de deixar a equipe para se juntar à Ferrari “evita o momento” de chegar em que ele teria dizer ao seu piloto “queremos parar”.
“Estamos em um esporte onde a nitidez cognitiva é extremamente importante, e acredito que todos têm uma vida útil,” disse Wolff no novo livro, mas esclareceu à BBC essa declaração: “O que eu estava me referindo era que todos nós envelhecemos, seja em um carro, em um campo ou como gerente ou empreendedor. E isso é o que estou tentando fazer comigo mesmo; entenda: ‘Estou indo de grande para bom?’ Porque o bom não está mais na Fórmula 1. Mas com Lewis, vemos que ele ainda está no topo quando o carro está certo. Infelizmente, não conseguimos dar a ele o carro ideal nesta temporada.”
Hamilton, que completará 40 anos antes de estrear na Ferrari em 2025, comunicou no início desta temporada sua decisão de encerrar a parceria de 12 anos com a Mercedes, permitindo a equipe planejar sua substituição com a contratação do piloto da Fórmula 2, Andrea Kimi Antonelli.
“Nós nos encontramos na minha casa em Oxford, e ele me disse: ‘Este é um passo que sinto ser bom para todos nós. É bom para mim me reinventar. Todo piloto quer estar na Ferrari, e isso também é positivo para a Mercedes, porque, após tanto tempo juntos, talvez seja hora de nos revigorarmos,” explicou Wolff.
Wolff destacou a atitude de Hamilton como justa e estratégica: “Ele nos deu tempo suficiente para nos prepararmos. Foi surpreendente inicialmente, mas também uma decisão madura.”
“Sua experiência e habilidade continuam extraordinárias, e sua contribuição para a equipe nunca será esquecida,” concluiu Wolff, falando do legado de Hamilton na Mercedes.