Amizade entre chefe da Mercedes e técnico do Manchester City influenciou decisão
A surpreendente decisão de Lewis Hamilton de deixar a Mercedes e se transferir para a Ferrari a partir de 2025 gerou repercussão imediata no mundo da Fórmula 1. Toto Wolff, chefe da equipe Mercedes, revelou que um conselho de Pep Guardiola, técnico do Manchester City, foi fundamental para lidar com a saída do sete vezes campeão mundial.
Hamilton, que havia renovado contrato com a Mercedes em 2023 com duração de dois anos, optou por ativar uma cláusula de saída no início da temporada de 2024. Ele será substituído por Andrea Kimi Antonelli, jovem promessa italiana que atualmente disputa a Fórmula 2.
Wolff compartilhou detalhes de uma conversa antiga com Guardiola durante participação no High Performance Podcast.
“Acho que, se alguém decide ir embora, você precisa deixá-lo ir”, comentou Wolff. “Eu tive uma conversa com Pep Guardiola há muito tempo, ele é meu amigo. Perguntei a ele: ‘O que você faz se um jogador decide sair? Você tenta convencê-lo a ficar?’ E ele respondeu: ‘Não, se alguém acha que pode jogar melhor em outro lugar ou ganhar mais, você simplesmente precisa deixá-lo ir.’”
Wolff acrescentou que adotou a mesma mentalidade em relação a Hamilton, priorizando uma transição tranquila para todas as partes envolvidas.
“Se alguém quer ir, o melhor é tornar a situação o mais positiva possível para todos e focar no que vem a seguir”, disse Wolff.
Decisão sobre Antonelli
A saída de Hamilton acelerou a decisão da Mercedes de promover Andrea Kimi Antonelli. Segundo Wolff, a escolha foi tomada quase de forma instintiva, mas validada com apoio de outros líderes na equipe e na Daimler.
“Minha reação inicial foi ver isso como uma oportunidade para Kimi”, explicou Wolff. “Mas havia uma temporada inteira de F2 pela frente, além de muitos testes, então precisei recuar e agir de forma racional e lógica, consultando as pessoas certas”, disse Wolff.
O chefe da Mercedes revelou que buscou a opinião de Markus Schäfer, membro do conselho da Mercedes-Benz, Ola Kallenius, CEO da empresa, além de figuras importantes como James Allison (diretor técnico) e Gwen Lagrue (chefe do programa de jovens pilotos).
“A decisão foi tomada em conjunto com essas pessoas, validando meu instinto inicial”, disse Woff.
Com a transferência de Hamilton para a Ferrari, a Mercedes inicia uma nova fase, apostando no talento de Antonelli para o futuro enquanto busca manter a competitividade no grid da Fórmula 1.
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