Toto Wolff já havia comentado no início do ano sobre questões de saúde mental ao revelar que fez mais de 500 horas de terapia desde 2004.
Agora, o chefe da Mercedes abordou novamente o tema em entrevista ao Channel 4: “Se você teve eventos difíceis de suportar, seja algum tipo de rejeição, humilhação ou [um sentimento de inadequação]. Tudo isso aconteceu comigo quando eu era criança e depois na juventude.”
“Acredito que estou tentando compensar isso e, portanto, estou dividido entre essa ambição que tenho e, por outro lado, meu passado e a vulnerabilidade dele.”
“Eu acredito que, sendo sincero da mesma forma que Lewis [Hamilton] é e também Nico [Rosberg] tem sido, é importante mostrar que estamos na televisão e tudo parece estar bem para nós.”
“Mas, a verdade é que você não pode saber o que está nos bastidores, e todos nós sofremos até certo ponto, mesmo enquanto vivemos o sonho da Fórmula 1.”
“Então, seja sincero, procure ajuda, você não pode resolver isso tomando cerveja com um amigo. É por isso que queremos ser modelos para encorajar particularmente os homens a sair e dizer ‘preciso de ajuda’.”
Nos últimos meses, além de Wolff, outras figuras da F1 abordaram a questão. Lewis Hamilton disse, em março, que lutou para se manter firme durante um ano tão atribulado no mundo; Valtteri Bottas revelou ter sofrido de problemas de saúde mental na temporada de 2014.
Lando Norris comentou sobre complexo de inferioridade em seu ano de estreia, já o tetracampeão Sebastian Vettel observou que as estrelas do esporte deveriam falar mais abertamente sobre saúde mental, quebrando o tabu e afastando qualquer sinal de fraqueza.