Toto Wolff, chefe da Mercedes, comentou sobre as penalidades aplicadas a Max Verstappen no GP do México de Fórmula 1, destacando que o comportamento agressivo do holandês pode ter sido reforçado pela falta de punições em 2021. Para Wolff, o estilo de pilotagem de Verstappen, especialmente em disputas roda a roda, foi ‘legitimado’ após incidentes sem penalização, como o lance polêmico contra Lewis Hamilton na corrida no Brasil em 2021.
Durante a corrida no México no último final de semana, Verstappen recebeu duas penalidades de dez segundos e dois pontos de penalização em sua superlicença devido a manobras contra Lando Norris. Na décima volta, o piloto da McLaren tentou uma ultrapassagem por fora, mas foi forçado a sair da pista. Mais tarde, no mesmo setor, Verstappen ultrapassou Norris além dos limites da pista, o que resultou nas penalizações.
“Na época, alguns comissários tinham suas opiniões, e como certas ações não foram penalizadas, isso basicamente legitimou a atitude de Max,” afirmou Wolff. Segundo ele, movimentos como ‘frear tarde e empurrar o carro adversário para fora da pista’, não devem ser mais tolerados.
O chefe da Mercedes acredita que os eventos no México criaram um precedente para a Fórmula 1. O próprio George Russell, piloto da Mercedes e presidente da Associação de Pilotos (GPDA), destacou a necessidade de regras mais rígidas, afirmando que ‘dezenove de vinte pilotos concordam com essa visão’.
Wolff destacou que os pilotos sabem exatamente quando estão forçando os limites em uma disputa e que, se não houver consequências, eles continuarão a explorar esses limites. “Agora, temos um precedente. Se há um carro ao lado, é preciso deixar espaço, e isso precisa ser respeitado daqui em diante,” concluiu Wolff.