Já se passaram cinco anos desde o acidente trágico de Michael Schumacher nos Alpes Franceses, mas ainda há pouca (ou quase nenhuma) informação sobre a real condição de saúde do heptacampeão mundial de Fórmula 1. O alemão fará 50 anos em janeiro, e sua família liberou a última entrevista que ele fez antes do seu acidente.
Publicada no site de Schumacher, é a primeira imagem inédita do alemão desde 2013. A entrevista foi concedida dois meses antes de “Schumi” se acidentar, e o ex-piloto da Ferrari fala emocionado sobre seu primeiro título mundial com a Scuderia, o mais importante para ele, além de sua carreira ao longo dos anos na F-1.
“Esse seria, sem dúvida, o título que conquistei com a Ferrari em Suzuka, em 2000. Depois de um jejum de 21 anos, finalmente conquistamos o título com uma vitória especial”, disse Schumacher.
Ele também revelou que tem muito respeito por seu antigo rival, Mika Hakkinen (o finlandês ganhou dois campeonatos mundiais em 1998 e 1999, antes de se aposentar em 2002), e que seu verdadeiro ídolo quando criança não era um piloto de F-1.
“O cara mais respeitado em todos esses anos foi definitivamente Mika Hakkinen. Grandes brigas, mas relacionamento privado estável”, disse Schumacher.
“Nos primeiros dias de karting, olhei em volta e via Ayrton Senna e Vincenzo Sospiri (ex-piloto italiana com uma curta passagem na F-1), mas meu verdadeiro ídolo era Toni Schumacher (antigo goleiro da Alemanha, sem parentescos com o ex-piloto) porque era um grande jogador de futebol.
Schumacher também mencionou as diferenças entre a “velha” e a “nova” Fórmula 1. “A Fórmula 1 sempre foi muito difícil. Costumava ser muito mais difícil – sem freios ABS, sem direção hidráulica – no passado em comparação aos dias de hoje.
“Mas, de qualquer forma, é um dos esportes mais difíceis que você pode praticar, então muita preparação é necessária”, disse o alemão.
Questionado sobre se alguma vez duvidou de suas habilidades, Schumacher afirmou que sempre foi um autocrítico, mesmo ao analisar seus dois títulos com a Benetton e seus cinco títulos seguidos com a Ferrari.
“Recordes são uma coisa, dúvidas, eu acho que é muito importante não ser muito confiante – precisa ser cético, para buscar melhorias.
“Sim, eu sempre achei que não era bom o suficiente, tinha que trabalhar, e essa foi uma parte da receita que fez de mim o que eu sou.”
Ele também falou sobre seu desenvolvimento como piloto e que o “talento é algo que você precisa desenvolver”.
“O talento é muito importante nas corridas, mas como em qualquer esporte, isso é algo que você tem que desenvolver. O karting fornece uma boa base para demonstrar seu talento, mas você também precisa melhorar as outras competências que você necessita como piloto de corridas”, disse Schumacher.
A entrevista em vídeo está marcada com a data de “30 de outubro de 2013”. No dia 29 de dezembro do mesmo ano, Schumacher sofreria uma lesão grave na cabeça depois de cair enquanto esquiava com seu filho durante as férias nos alpes.
Ele bateu a cabeça em uma pedra, deixando-o em coma e precisando de duas cirurgias. O ex-piloto de 49 anos continua sendo tratado em sua casa na Suíça, sem atualizações sobre suas condições. Somente amigos próximos e familiares podem visitá-lo.
Schumacher voltou para o Hospital Universitário de Lausanne em 2015, enquanto o seu advogado Felix Damm confirmou em 2016 que ele “não podia andar”.
Seu filho Mick, atual piloto da F-3, admitiu que “acha uma situação complicada” lidar com as lesões do pai, segundo um amigo.
Nicklas Nielsen disse para um jornal dinamarquês: “Mick não diz que está triste com (o estado) do pai. Ele apenas disse algumas vezes que ‘às vezes é complicado’.
“Eu o conheço muito bem, também em particular. Ele é um cara muito quieto e tranquilo. Muito simpático e acolhedor e ele fala com todo mundo.
“(mas sobre o assunto) Ele não fala. Eu ando de karting com o Ralf Schumacher e sua equipe e ninguém fala sobre o assunto.”
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