A Fórmula 1 enfrenta críticas após anunciar que ingressos adquiridos por meio de plataformas de revenda, não serão aceitos no evento de lançamento da temporada 2025. Marcado para o dia 18 de fevereiro, em Londres, o evento celebrará os 75 anos da categoria, reunindo as dez equipes e seus vinte pilotos para a apresentação das novas pinturas dos carros para a próxima temporada, todos juntos, de forma diferente do que acontece tradicionalmente, com cada equipe definindo uma data de apresentação para seus novos carros.
Os ingressos, vendidos originalmente por preços entre US$ 72 e US$ 140, esgotaram em apenas 45 minutos na última sexta-feira. Logo em seguida, começaram a aparecer em sites de revenda, com valores ultrapassando US$ 1.250, gerando indignação de fãs que enfrentaram filas virtuais e não conseguiram concluir a compra.
Em um comunicado oficial, a F1 alertou que ingressos adquiridos fora dos canais autorizados, como theo2.co.uk e AXS Official Resale, não serão aceitos. A organização afirmou também que identificou anúncios fraudulentos em plataformas de revenda e recomendou que os fãs evitem tais práticas, consideradas contrárias aos termos de venda.
A Viagogo, uma das principais plataformas de revenda, classificou a postura da F1 como restritiva e injusta. Em declaração ao portal Motorsport.com, um porta-voz da empresa defendeu a legalidade da revenda no Reino Unido e apontou que as políticas da F1 prejudicam os consumidores.
“Restringir a revenda sufoca a concorrência e prejudica os fãs que optam por comprar ingressos em um mercado seguro, transparente e altamente regulamentado. Fraudes em nossa plataforma são extremamente raras”, afirmou o representante.
A empresa destacou ainda que vendedores só recebem os pagamentos após a validação do ingresso no evento, e que qualquer violação das regras resulta em penalidades e banimento.
Nas redes sociais, a repercussão foi negativa. Muitos fãs relataram frustração com o sistema de vendas, especialmente ao ver ingressos sendo revendidos a preços exorbitantes enquanto ainda aguardavam na fila para a compra oficial.
A disputa entre a F1 e plataformas de revenda como a Viagogo, reflete a crescente tensão sobre a acessibilidade e os altos custos para participar de eventos esportivos de grande porte. Com o evento esgotado e a proibição mantida, resta saber se a medida será eficaz em evitar fraudes e preços abusivos.