Ex-piloto britânico teve sua função considerada “incompatível” com seu papel na mídia
Johnny Herbert não faz mais parte do quadro de comissários da Fórmula 1 após a FIA concluir que seu trabalho como analista esportivo na mídia era “incompatível” com a função.
O britânico, que competiu na F1 entre 1989 e 2000, deu indícios de que seguiria no cargo ao comentar, na semana passada, sobre a primeira etapa do campeonato na Austrália. Em entrevista ao Casinoutanspelpaus.io, Herbert mencionou que esperava atuar como comissário na corrida.
Porém, o órgão regulador da categoria confirmou que ele não continuará na função, que ocupava desde 2010. Em comunicado oficial, a FIA declarou:
“É com pesar que anunciamos hoje que Johnny Herbert não ocupará mais a posição de comissário piloto da FIA. Johnny é amplamente respeitado e trouxe uma experiência e expertise inestimáveis ao cargo. No entanto, após discussões, foi mutuamente acordado que suas funções como comissário da FIA e analista da mídia eram incompatíveis. Agradecemos seus serviços e desejamos sucesso em seus futuros empreendimentos.”
Críticas a Verstappen pesaram contra Herbert
A saída de Herbert ocorre em meio a questionamentos sobre sua imparcialidade devido a declarações contundentes no passado.
Após o GP da Cidade do México, o ex-comissário criticou as manobras de Max Verstappen, que recebeu duas penalidades de 10 segundos por incidentes com Lando Norris. As declarações geraram repercussão, e o pai do tricampeão, Jos Verstappen, expressou sua insatisfação ao jornal De Telegraaf:
“A FIA deveria analisar melhor a escolha dos comissários, quem eles colocam lá e se não há uma aparência de conflito de interesse. Como, por exemplo, ex-pilotos que demonstram mais simpatia por certos pilotos ou equipes.”
Herbert refutou as críticas e defendeu sua postura profissional:
“Sou Johnny Herbert, o comissário, e o profissional durante um fim de semana de corrida, e Johnny Herbert, o comentarista, em outros momentos, expressando o que pensa”, declarou ao SafestBettingSites.co.uk.
“Quando sou comissário, não expresso opiniões. Todo mundo tem uma opinião. Martin Brundle tem uma opinião. Por que eu não poderia ter quando não estou na pista?”
“A pista é o meu mundo há 50 anos. Se eu não concordo com o que vejo, eu digo. E não é só sobre Max. Criticarei qualquer um se achar que é necessário.”
Herbert ainda destacou que não foi o único a julgar as ações de Verstappen no México como excessivas, lembrando que Lando Norris e Zak Brown também manifestaram a mesma opinião.
A FIA, no entanto, optou por encerrar a ligação de Herbert com a entidade, reforçando sua busca por maior imparcialidade entre os comissários.