Charlie Whiting, diretor de corridas da Fórmula 1, diz que um novo software facilitará a fiscalização do ERS da Ferrari, que tem sido questionado por equipes rivais. O órgão está monitorando o sistema de recuperação de energia (ERS) da Scuderia e seu arranjo exclusivo de baterias duplas, desde o GP do Azerbaijão, em abril.
Whiting confirmou, ainda durante o GP de Mônaco, que nenhum sensor extra foi instalado nas Ferraris. A FIA teve que seguir um processo complicado para verificar se o sistema estava operando corretamente. Para a corrida no Canadá, um novo software vai agilizar esse processo e permitirá que a FIA continue atenta.
“O que estamos tentando fazer é monitorar exatamente quais são as diferenças entre as duas metades da bateria. Esse é o cerne da questão. Outros sistemas tratam sua bateria como um só. Na Ferrari é uma bateria, mas eles a tratam como duas. Essa é a diferença fundamental, eu não acho que seja um segredo”, disse Whiting.
Ele ainda falou que o problema tem sido complexo para a FIA investigar: “Nós realmente estamos tentando chegar ao ponto em que estaremos totalmente convencidos, de que a potência que está sendo entregue ao MGU-K está correta”, esclareceu o diretor.
O MGU-K atua como um gerador – recuperando a energia da frenagem para armazená-la em uma bateria. Existe a suspeita, por parte dos rivais da Ferrari, de que a equipe utilize uma bateria extra ou mesmo armazene mais energia do que o permitido pela FIA. A “energia extra” poderia dar mais potência para a Scuderia liberar na pista.
Este é mais um dos protestos levantados sobre a Ferrari nesta temporada. A equipe de Maranello já teve reclamações, dos adversários, sobre o design dos retrovisores acoplados ao halo. Além disso, também existem suspeitas até sobre as dimensões do DRS da equipe.