Desde o retorno de Flavio Briatore como conselheiro da Alpine, a equipe tem passado por uma reestruturação com metas ambiciosas para os próximos anos. O italiano de 74 anos acredita que a escuderia pode dar passos significativos rumo ao topo da Fórmula 1, com um cronograma bem definido para os próximos campeonatos.
“Em 2025, a Alpine deve estar sempre entre os seis primeiros, talvez até lutando por alguns pódios. Temos muito mais margem aerodinâmica do que McLaren e Ferrari”, projetou Briatore ao La Gazzetta dello Sport.
O planejamento prevê um avanço ainda maior em 2026, quando a equipe pretende disputar o pódio em várias das corridas. “Em 2026, no entanto, queremos disputar o pódio em metade dos grandes prêmios do campeonato, e em 2027 devemos ser capazes de lutar pelo título”, completou.
A reestruturação da Alpine incluiu a decisão de abandonar os motores Renault e fechar um acordo com a Mercedes a partir de 2026. A mudança foi considerada arriscada, mas pode ser determinante para a competitividade da equipe. “Foi, claro, uma decisão brutal comprar motores da Mercedes em vez de usar os próprios motores da Renault, mas em termos de desempenho puro, provavelmente foi o passo certo”, avaliou Gerhard Berger, ex-piloto e conhecedor do trabalho de Briatore.
O chefe de equipe Oliver Oakes, no entanto, adota um tom mais cauteloso para o futuro próximo e alerta os torcedores para manterem expectativas realistas. “Queremos estar no grupo da frente, mas sabemos que não existem soluções milagrosas. Só precisamos fazer um carro melhor”, declarou.
Com o apoio da petrolífera italiana Eni, Briatore acredita que a equipe finalmente está no caminho certo. “Entendemos o que não estava funcionando dentro da equipe. Agora que colocamos tudo em ordem, podemos trabalhar para melhorar”, afirmou.