O ex-piloto de Fórmula 1 e atual comentarista Martin Brundle, manifestou apoio às recentes atualizações do Código Esportivo Internacional da FIA, que introduzem punições mais severas para pilotos que infringirem as regras, incluindo condutas inadequadas como linguagem ofensiva (palavrões) ou críticas públicas à entidade.
As novas diretrizes permitem penalidades progressivas, que começam com multas, mas podem escalar para deduções de pontos no campeonato ou até mesmo suspensões de corrida em caso de reincidência. Brundle, em declaração à Sky Sports F1, destacou que os pilotos têm uma responsabilidade como modelos a serem seguidos, especialmente pelas gerações futuras.
“Os pilotos de F1 são modelos”, afirmou Brundle. “Entendo completamente que, no calor do momento, cheios de adrenalina ou emoção, coisas podem ser ditas. Mas isso não significa que é correto. O que admiro no rugby é o respeito que os jogadores têm pelos árbitros, e acho que a F1 deveria ser a mesma coisa.”
Brundle também mencionou o caso de Max Verstappen, que no ano passado chamou os comissários de ‘idiotas estúpidos’ durante o GP de Abu Dhabi após receber uma penalidade de dez segundos por um incidente com Oscar Piastri. Embora não tenha sido punido por esse comentário, Verstappen já havia sido sancionado anteriormente por um palavrão em uma coletiva de imprensa em Singapura, cumprindo um serviço comunitário em um evento da FIA em Ruanda.
Para Brundle, incidentes como esses destacam a necessidade de maior controle sobre a conduta dos pilotos: “Se você desrespeita os limites da pista, age de forma antidesportiva ou faz comentários inapropriados, você está enviando uma mensagem errada. Os pilotos são grandes exemplos para muitos jovens e devem se comportar como tal”, acrescentou.
Apesar de apoiar as novas regras, Brundle reconhece que a aplicação das penalidades pode variar em gravidade: “Existem diferentes níveis de severidade para essas situações, e a forma como isso será gerenciado ainda é uma questão. Mas não vejo problema em termos regras claras para nossos pilotos”, concluiu.
Essas mudanças na regulamentação têm gerado debates no paddock e entre os fãs, mas Brundle acredita que elas podem ajudar a reforçar o profissionalismo na Fórmula 1 e o respeito às instituições que regem o esporte.