Fórmula 1 e blockchain: inovação tecnológica dentro e fora das pistas

Blockchain é um registro público, descentralizado, e publicamente distribuído que permite a gravação de transações em múltiplos dispositivos em simultâneo. A caraterística fundamental da blockchain, contudo, é a impossibilidade de alterar o registro retroativamente. Como alterações no registro requerem a autorização consensual da rede de blockchain, o registro acaba por tornar-se imutável. Este é o fator que permite que, para além de privado e descentralizado, o registro blockchain também seja estável e fidedigno.

A tecnologia blockchain possui múltiplas aplicações e mudou para sempre a maneira como gravamos transações financeiras. Além disso, possibilitou a emergência das criptomoedas, ativos digitais que funcionam como uma moeda fiduciária comum, mas não são emitidos por um banco central.

Exemplos de criptomoedas populares incluem a Bitcoin, a Ethereum, ou a Dogecoin; mas quais são as principais aplicações do blockchain na sociedade moderna? E o que tudo isso tem a ver com Fórmula 1?

Quais são os usos mais comuns da tecnologia blockchain?

Apesar de ser principalmente usada para gerir transações seguras, a tecnologia blockchain tem várias outras aplicações. Os contratos inteligentes, ou smart contracts, são um dos principais exemplos; muitas empresas utilizam tecnologia blockchain para criar contratos de trabalho integrados no registro em tempo real e assim poupar tempo dinheiro. Outras aplicações importantes acontecem ao nível da Internet of Things (IoT), onde tecnologia blockchain é habitualmente utilizada para aumentar a segurança de dispositivos domésticos inteligentes como televisões ou aspiradores inteligentes.

Blockchain e Fórmula 1

A blockchain chegou a todo o tipo de negócios e setores industriais, e o universo da Fórmula 1 não é exceção. Mas de que modo, especificamente, pode o blockchain participar dessa modalidade esportiva? Abaixo, confira quais são os principais usos da tecnologia no contexto atual da Fórmula 1.

1. Pagamentos cripto

Muitas pessoas ainda pensam nas criptomoedas como ativos financeiros: o processo passa por comprar barato, esperar a valorização da criptomoeda, e vender mais caro. No entanto, as criptomoedas são também um método de pagamento, e podem ser utilizadas, por exemplo, para pagar por serviços relacionados com o mundo da Fórmula 1.

Seja para comprar bilhetes ou para apostar online em competições oficiais, existem várias maneiras de usar o seu banco de criptomoedas para investir no mundo da Fórmula 1. Ao utilizar criptomoedas em transações online, lembre-se que o valor dos ativos cripto é altamente volátil e pode mudar a qualquer instante. Para saber quanto vale um Bitcoin em reais, utilize sempre um conversor BTC to BRL atualizado.

2. Patrocínios e parcerias

Segundo fontes oficiais, o mercado global de criptomoedas está avaliado em mais de 2 bilhões de dólares. Com tanto dinheiro na indústria, é natural que os principais “tubarões” do blockchain estejam dispostos a pagar por patrocínios avultados para promover os seus produtos e serviços. Hoje, tal como acontece com outros esportes, os patrocínios de blockchain na Fórmula 1 são mais comuns e influentes do que nunca.

Pilotos de Fórmula 1 como Mitch Evans até podem ser críticos da influência dos patrocínios, mas a verdade é que o esporte não funcionaria sem o apoio de grandes marcas e empresas. Segundo portais de pesquisa como o Euromonitor, a indústria dos patrocínios cripto cresceu uns impressionantes 900% em apenas um ano.

3. NFTs

NFTs, ou Non-Fungible Tokens, são a representação exclusiva de itens no registro de blockchain. Um NFT não pode ser eliminado ou falsificado porque dispõe de uma gravação única no registro blockchain que o torna intransmissível: assim, um ativo virtual passa a ser um “objeto” excepcional, tal como uma verdadeira obra de arte no mundo físico.

Os NFTs são principalmente conhecidos pelo seu papel no universo da cryptoarte (com alta rotação no Brasil), mas também são importantes no contexto da Fórmula 1. Intervenientes importantes como a Mercedes ou a Red Bull Racing criaram seus próprios NFTs, e um dos primeiros jogos NFT licenciados de sempre—o F1 Delta Mania—é inspirado no popular esporte motorizado.

4. Partilha transparente de dados

Para além de possibilitar privacidade, o blockchain também permite partilhar dados a uma larga escala de modo seguro e transparente. Na Fórmula 1, por exemplo, tecnologia blockchain pode ser utilizada para criar um registro confiável e não adulterável com informações importantes relativas ao esporte.

Com blockchain, os profissionais da Fórmula 1 têm uma forma de partilhar dados telemétricos, ou dados relativos ao desempenho dos pilotos, com várias entidades sem arriscar a usurpação ou o extravio de informação.

5. Verificação de autenticidade

Finalmente, a tecnologia blockchain também tem o potencial de verificar a autenticidade de objetos como itens de merchandising de Fórmula 1. Assim, o blockchain pode ser utilizado para combater a fraude e assegurar os colecionadores de que os seus itens têm uma origem legítima.

O futuro do blockchain

A tecnologia blockchain já está estabelecida em praticamente todas as indústrias, mas continua apresentando um grande potencial. Ninguém sabe o que o blockchain trará no futuro, mas os especialistas concordam que essa tecnologia pode revolucionar setores como o setor financeiro, o setor da saúde, ou os serviços de IoT. Teoricamente, o blockchain também continuará a participar do mundo da Fórmula 1, seja direta ou indiretamente.



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