Como a humanidade, a F1 espera com afinco a vinda da vacina da COVID-19. Não é só uma questão de empatia com este drama que aflige a todos, mas de sobrevivência da categoria como um todo.
Este ano, a Liberty Media vem conseguindo fazer um trabalho digno de palmas diante de todas as dificuldades em relação a organização. Como boa parte das etapas vem sendo executada com portões fechados, os organizadores têm tido sérios desafios para fechar as contas. Pelo menos, houve a inclusão de pistas que caíram no gosto do público e que, por enquanto, não devem retornar.
A Liberty Media e as equipes estão planejando 2021 do ponto de vista de uma “normalidade”. A maior prova é a apresentação esta semana em reunião com os chefes de equipe de um calendário de 23 etapas para o próximo ano, incluindo uma nova na Arábia Saudita e considerando o Brasil sendo disputado no autódromo de Deodoro.
Muito bonito ver isso. É a tentativa de dar um norte para a F1 e superar a crise. Mas além da COVID, temos a situação beligerante do Cazaquistão, um circuito cada vez mais improvável no Brasil (Deodoro) e o tratamento dos direitos humanos na Arábia Saudita (embora seja a pátria de um dos grandes patrocinadores atuais da categoria, a ARAMCO). Mas o principal foco é a doença.
Em entrevista nesta sexta, Franz Tost, chefe da Alpha Tauri, deixou clara a preocupação em que possivelmente haveria uma redução nas entradas de dinheiro vindas da FOM (premiações e direitos) caso as coisas não voltassem ao formato anterior. Esta deve ser uma preocupação dos outros times.
A Liberty Media precisa que haja um retorno ao que era, pois boa parte do dinheiro que vem para o caixa procedem das taxas dos promotores, bilheterias e camarotes. Para passar por este ano, os americanos tiveram que fazer uma movimentação intragrupo para garantir um caixa de mais de US$ 1 bilhão, mantendo os credores longe da possibilidade de ativar cláusulas de tomar os rumos da categoria conforme previsto em acordos, chamados de covenants. Uma nova capitalização seria possível?
Para as equipes, a situação complica mais ainda. Este ano, vimos times apelando para empréstimos (McLaren), antecipações de receita e mudança de comando (Williams) para sobreviver. Ainda aceitaram uma série de mudanças para cortar custos, incluindo a introdução do teto orçamentário para o próximo ano, restrições de testes aerodinâmicos e de motores, além da postergação do novo regulamento técnico em um ano. Mas teriam caixa para mais um ano com receitas em queda?
Oficialmente, Liberty Media e FIA não falam em um Plano B. Mas não se deve descartar que um “2020 v2.0” esteja em gestação e possa ser proposto. Nessa linha, poderemos ter novamente um calendário mais à moda antiga (foco na Europa) e mais mudanças em curso. Não à toa, surgiu a ideia da inclusão dos salários dos pilotos dentro de um limite a partir de 2023, bem como do custo com motores. Atualmente, estes dois itens não entram no teto orçamentário estabelecido.
O espírito de sobrevivência fez com que a F1 se reinventasse parcialmente para passar 2020 e garantisse um campeonato. Até aqui, objetivo cumprido. Entretanto, a vinda de uma vacina para a COVID em 2021 não seria só um alívio para a população, mas para a categoria. O medo está no ar.
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