A FIA anunciou a criação de um novo departamento para lidar com as decisões de arbitragem dos comissários na Fórmula 1 de maneira mais profissional. O órgão regulador atendeu aos pedidos de equipes e pilotos por um sistema mais bem estruturado.
O departamento será liderado por Matteo Perini, que atuará como gerente de oficiais esportivos da FIA. A principal função será treinar novos profissionais e garantir um maior banco de talentos para a federação trabalhar. A FIA reconhece a carência de comissários de corrida, diretores de prova e outros oficiais qualificados, como fiscais de pista, por exemplo.
Um dos motivos para a criação desse departamento, foi o aumento das críticas às decisões dos comissários e diretores de prova nos últimos anos, como reclamações de Red Bull Racing e McLaren sobre os vários toques entre Lando Norris e Max Verstappen no ano passado, só para ficar em um exemplo mais recente.
“Está ficando um pouco injusto depender apenas de pessoas que fazem isso por causa de seu bom coração e de forma voluntária, e é isso que temos agora”, disse Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, ao Motorsport.com. “Queremos ter um grupo mais profissional no futuro.”
“Isso não significa excluir voluntários, mas ter um grupo que possa analisar todas as decisões tomadas em uma corrida na segunda-feira seguinte, certificando-se de que foram tomadas corretamente, vendo o que poderia ser melhorado, entre outras coisas”, disse ele.
Além disso, a FIA espera ter uma reserva mais ampla de fiscais para selecionar. A entidade também esclareceu que já possui um programa de fiscais e diretores de prova.
“Já existe um programa de alto desempenho para fiscais e diretores de prova, em vigor há alguns anos”, afirmou Tombazis. “Cerca de trinta pessoas foram selecionadas por autoridades esportivas nacionais e patrocinadas por elas, vindas de diferentes regiões”, acrescentou.
Tombazis defendeu a consistência da arbitragem na F1, apesar das críticas. “Sentimos que na Fórmula 1 recebemos muitos comentários sobre a consistência das decisões dos comissários. Eu gostaria de acrescentar que a análise também foi feita por equipes, e indicou que as decisões dos comissários são realmente bem consistentes”, completou.