Lewis Hamilton afirmou que sua adaptação ao carro da Ferrari tem sido mais complexa do que o esperado, em especial por conta de sistemas que ele nunca utilizou ao longo de sua carreira na Fórmula 1.
Acostumado a motores Mercedes desde sua estreia na categoria com a McLaren em 2007, Hamilton agora enfrenta um cenário totalmente novo com a unidade de potência da Ferrari, que exige o uso constante de freio-motor, uma técnica que o heptacampeão admite nunca ter utilizado nos doze anos em que correu pela Mercedes.
“Eu nunca usei freio-motor antes. Nos últimos doze anos, simplesmente não usávamos isso. Aqui, usamos muito no carro”, afirmou Hamilton em entrevista à imprensa no final de semana no Bahrein.
Além da mudança na unidade de potência, Hamilton também precisa se readaptar aos sistemas de frenagem. Enquanto usava freios da Carbon Industries na Mercedes, agora lida com os componentes da Brembo, que apresentam características bem diferentes.
“Os freios são muito diferentes do que eu estava acostumado. Eles se movimentam mais, e na última parte da corrida precisei usar os traseiros para ajudar a virar o carro. Mas em outros momentos, é preciso colocar todo o peso nos dianteiros”, explicou o piloto.
Hamilton destacou ainda que o carro da Ferrari exige um estilo de pilotagem bastante distinto e que o processo de adaptação está em curso. “O carro realmente exige um estilo de pilotagem diferente, e estou me ajustando lentamente a isso e ao acerto. Tenho estado meio perdido com isso, bem distante do Charles (Leclerc) nas duas últimas etapas, mas estou me aproximando. Se eu conseguir começar o fim de semana num ponto mais favorável e aplicar o que aprendi, espero melhorar”, completou.
Após quatro etapas disputadas na temporada, Hamilton teve como melhor resultado um quinto lugar no GP do Bahrein. A exceção foi a corrida Sprint na China, onde venceu largando da pole. Fora isso, tem encontrado dificuldades para acompanhar o desempenho do companheiro de equipe, Leclerc, pelo menos por enquanto.
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