Johnny Herbert, que já precisou avaliar o comportamento de Max Verstappen várias vezes como comissário da FIA, comentou sobre a forma como o piloto holandês intimida os outros pilotos na Fórmula 1. Ele destacou que gostou da postura de George Russell no GP do Catar, que não se deixou abalar por Verstappen.
“O que foi interessante no ano passado foi Max Verstappen jogando o jogo e intimidando todos na pista com os comentários que fazia sobre cada piloto. Mas todos começaram a reagir, a revidar, a enfrentá-lo, e George Russell foi um dos que o enfrentaram,” disse Herbert.
Em 2024, teve vários momentos em que Verstappen não ficou satisfeito com as decisões da FIA, incluindo a punição de trabalho voluntário que recebeu em Singapura e uma penalidade de 20 segundos no México.
A situação entre Verstappen e Russell aconteceu no Catar, quando o holandês recebeu uma punição de uma posição no grid por bloquear Russell. Isso fez o britânico largar à frente do piloto da Red Bull, o que irritou Verstappen. Ele criticou Russell publicamente, mas o piloto da Mercedes não deixou barato e respondeu durante suas entrevistas.
Herbert elogiou a atitude de Russell. “Acho que isso é necessário. Eles deveriam ter respeito um pelo outro, e às vezes você mostra respeito quando se posiciona e diz: ‘não, isso não está certo’, como Russell fez com a imprensa.”
Herbert também comentou sobre o jeito de Verstappen. “A intimidação é uma grande força, muito boa de se ter. Mas, do mesmo jeito que Verstappen intimida todo mundo, pode surgir a dúvida: será que outro piloto consegue intimidá-lo nesta curva? Nesta volta? Neste momento do campeonato?”.
Segundo ele, a atitude de Russell pode ter feito o piloto holandês repensar. “É quase como se dúvidas começassem a surgir na cabeça dele. Mas Verstappen é tão confiante e tão no controle de tudo ao seu redor. Acho que Lando Norris também está aprendendo a questioná-lo e vê o que todos os outros veem quando enfrentam Verstappen,” concluiu.