Fórmula 1: Komatsu revela os bastidores da transformação da Haas em 2024

Após um 2023 desastroso, a Haas protagonizou uma das grandes reviravoltas da Fórmula 1 na temporada seguinte. Saindo da última posição no campeonato de construtores com apenas 12 pontos, a equipe americana somou 58 no ano seguinte e encerrou o campeonato em sétimo lugar. O responsável por essa virada? Ayao Komatsu, que assumiu o cargo de chefe de equipe após a saída de Guenther Steiner.

Com a falta de recursos como um dos principais desafios da Haas, a escuderia esteve frequentemente estagnada em sua evolução técnica. Em 2023, as dificuldades chegaram ao limite. A equipe precisou levar uma atualização para o GP dos Estados Unidos, mas internamente já não havia confiança de que aquilo traria resultados.

“As pessoas que sempre ouviram ‘A Haas não consegue melhorar o carro’. Vocês sabem o quão deprimidos eles estavam na corrida de Austin em 2023? Nenhum deles queria fazer as atualizações para Austin, certo? Nenhum deles. Mas tiveram que fazer. Foi um momento muito ruim”, revelou Komatsu.

A mudança começou assim que ele assumiu o comando. Para o engenheiro japonês, a chave foi criar um ambiente mais colaborativo.

“Comunicação. Apenas colocar todo mundo na mesma página e discutir abertamente como podemos melhorar. E, mais uma vez, ouvir as pessoas, em vez de simplesmente dizer o que fazer. Mesmo que eu tenha uma opinião, eles são os especialistas. Eu faço perguntas, ouço o que eles têm a dizer, mas, no fim das contas, são eles que conduzem isso. Foi por isso que fiquei tão feliz quando conseguimos progredir com o carro. Eles fizeram isso.”

Os efeitos desse novo método foram visíveis em 2024. A Haas conseguiu desenvolver uma grande atualização para o GP dos Estados Unidos e, dessa vez, havia confiança no projeto. 

“Austin 2024 foi nossa maior atualização do ano passado. Foi algo completamente, 180 graus, diferente. Aquela atualização de 2023, ninguém achava que deveríamos ter feito. Foi uma perda total de tempo e dinheiro”.

“No entanto, em 2024, todo mundo discutiu abertamente durante meses como deveríamos fazer a atualização, trabalhou nela e estava confiante de que poderíamos entregá-la. E então, na pista, o resultado foi aquele [o P8 de Nico Hülkenberg]. Nós conseguimos. 

A transformação da equipe ficou evidente não apenas na performance em pista, mas também no ambiente interno. O chefe da equipe celebrou o impacto da mudança. “Foi um contraste enorme. E então, quando fui para a Itália para o jantar de Natal, o clima era incrível, do dia para a noite,” concluiu Komatsu.



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