A disputa interna entre Lando Norris e Oscar Piastri na McLaren, ainda não exigiu uma grande intervenção da equipe na temporada 2025 da Fórmula 1, segundo Mathias Lauda. Filho do falecido tricampeão Niki Lauda, o austríaco acredita que, por ora, a força do carro permite que os pilotos sigam competindo livremente.
“Eles têm dois pilotos iguais, e o carro está tão à frente que podem se dar ao luxo de adotar essa abordagem”, afirmou Lauda ao canal Servus TV. “Piastri é mais frio, extremamente calmo, nada o abala. Norris é mais emocional, especialmente quando as coisas não vão bem. Mas o chefe da equipe está fazendo um bom trabalho em manter os dois sob controle.”
Piastri venceu o GP do Bahrein após largar da pole position, resultado que o colocou apenas três pontos atrás de Norris, que lidera o campeonato de pilotos. A publicação italiana La Gazzetta dello Sport destacou a tranquilidade do australiano de 24 anos e sugeriu que sua crescente confiança já começa a incomodar o companheiro de equipe.
Apesar de não haver sinais evidentes de tensão, o ex-piloto de F1, Robert Doornbos afirmou que o também ex-piloto de F1, Mark Webber, atualmente empresário de Piastri, ficou insatisfeito com a postura da equipe em Suzuka. Na ocasião, o australiano, mais rápido que Norris, solicitou permissão para atacá-lo e tentar alcançar Verstappen, mas a McLaren negou o pedido.
“Eu mandei uma mensagem para Webber porque sabia que ele estaria irritado. Ele respondeu imediatamente: ‘Você está certo, isso não representa o que defendemos. Já foi claramente discutido que não há piloto número 1’,” relatou Doornbos ao canal Ziggo Sport.
Mesmo assim, Lauda acredita que as ordens de equipe ainda não são necessárias. “Acho que será uma disputa emocionante até o fim da temporada. Não precisam dar ordens de equipe agora, porque o carro é muito forte. Mas se a Red Bull Racing de Verstappen voltar a se aproximar, aí sim elas serão necessárias”, acrescentou.
O chefe da McLaren, Andrea Stella, também reconheceu que o cenário interno tende a ficar mais desafiador. “Internamente, não falamos sobre ‘se’ isso vai acontecer, mas sim sobre ‘quando’ vai acontecer”, disse ele, se referindo a um eventual conflito entre seus pilotos. “Temos plena consciência de que esse é um esporte difícil”, completou Stella.