Fórmula 1: “Acharam que Verstappen limparia banheiros”, disse Ben Sulayem sobre punição por palavrão

Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, afirmou que Max Verstappen ficou nervoso com a punição que recebeu por falar um palavrão em uma coletiva de imprensa da Fórmula 1, em Singapura no ano passado. O chefe da FIA também sugeriu que, antes da confirmação de que o piloto holandês participaria de um evento de desenvolvimento de base do Rwanda Automobile Club (RAC), algumas pessoas acharam que ele seria obrigado a limpar banheiros como parte de sua punição.

O uso de palavrões se tornou um tema polêmico na F1 desde que Verstappen usou um termo ofensivo antes do GP de Singapura na temporada passada, incidente que resultou na punição mencionada. O caso ocorreu poucas horas depois de Ben Sulayem ter expressado publicamente seus sentimentos negativos sobre uso de palavrões na categoria.

Após trocas acaloradas entre o presidente da FIA, pilotos e chefes de equipe na imprensa nos últimos meses do ano passado, a entidade divulgou novas diretrizes de penalidades antes da nova temporada, que incluem multas substanciais, e até suspensões e perda de pontos no campeonato, pelo uso de palavrões.

Ben Sulayem não acredita que seja difícil para os pilotos controlarem o uso de linguagem inadequada, argumentando que eles não são crianças. No entanto, o dirigente de 63 anos os vê como seus próprios filhos, embora adultos. “Eu os vejo como meus filhos”, disse ele na cúpula de comissários da FIA em Madri na semana passada, conforme relatado pela publicação espanhola Diario AS. “Olhem para Verstappen e sua punição com serviço comunitário, as pessoas pensaram que o presidente da FIA ia mandá-lo limpar os banheiros.”

“Eu falei com ele no Catar, ele estava nervoso, eu sugeri que ele inspirasse meninas e meninos e ele achou muito bom. Ele foi para Ruanda para cumprir sua punição, ele os abraçou, foi muito bom para eles”, acrescentou.

Ben Sulayem continuou, dizendo que mesmo dentro de um carro de F1, os pilotos devem ser capazes de limitar o uso de palavrões. Embora a maioria das pessoas dentro do automobilismo concorde que não há necessidade de palavrões em ambientes mais calmos e controlados, como coletivas de imprensa, a expectativa do presidente da FIA de proibir a livre expressão, ou melhor, a emoção e reações brutas de dentro do cockpit já é uma opinião mais controversa.



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