Fórmula 1 quer entender como evoluir em 2020

A Fórmula 1 se prepara para o início efetivo da temporada no próximo dia 5 de julho, na Áustria. As equipes terminaram oficialmente seu período de fechamento na semana passada e neste momento, uma série de ações começaram a ter início para preparar tudo a tempo.

Nesta corrida para colocar os carros na pista, os times têm alguns desafios para o restante do ano, bem como para 2021. As restrições impostas pelas novas regras diante da crise do COVID-19 serão definidoras e impactarão diretamente no desempenho.

Como é sabido por todos, os carros de 2020 serão “congelados” para a temporada de 2021. Não é somente a utilização do mesmo regulamento. Diversos itens terão a evolução muito restrita para reduzir gastos e facilitará muito quem tem um carro bem nascido…

Se tivéssemos dentro da “normalidade”, as equipes seriam limitadas principalmente pelo uso de testes aerodinâmicos, mas não haveria uma restrição quanto a novidades. Não à toa, cada vez víamos os times trazendo peças e mais peças para melhorar o desempenho, não somente visando a adaptação aos diversos tipos de pista.

Tal modo de ação acaba por facilitar a situação de quem tem mais recurso para gastar e aumentar as diferenças. Não chega a ser a loucura que era anteriormente, quando os testes de pista e aerodinâmicos eram limitados, mas quem tem mais recursos acaba por ter mais chance de “salvar” um projeto não tão bom.

O pacote aprovado em maio deixa as equipes de projetos com um escopo menor, o que acaba por facilitar o corte de pessoal e/ou realocação para outros projetos e a adequação ao teto orçamentário estipulado. O carro de 2021 foi passado para 2022 e os trabalhos em túnel de vento e computacionais só poderão ser executados a partir de janeiro de 2021. E para 2020, foi trazido novamente o conceito de pacotes de atualização (“tokens”) que a categoria havia introduzido para as Unidade de Potência a partir de 2014 e foi banido em 2017.

Dentro do acordo, foram estabelecidos diversos itens homologados e que podem ser modificados 2 vezes (“tokens”), dentro de duas janelas de tempo nesta temporada, conforme mostra a tabela a seguir:

Fórmula 1 quer entender como evoluir em 2020

A lista de itens homologados está no final desta coluna, bem como os prazos. Mas pode se notar que o torniquete será bem apertado. Alguns itens poderão ser mudados simplesmente após a primeira corrida e não poderão ser mais mexidos. Para eles, as equipes tiveram que informar esta semana o que querem mudar e a FIA tem até sete dias para responder após cada fase. Mesmo que aprovado, o prazo para fabricação é bem estreito para deixar tudo pronto a tempo.

Para os itens que podem ser mudados no meio do ano: a mudança deveria ser colocada para apreciação em 22/07 e seria aprovada no final de setembro. Desta forma, as atualizações estariam disponíveis no fim de outubro. Se a programação for realmente feita, teríamos pacotes de atualização na Rússia ou em uma possível perna asiática (China ou Singapura).

Se uma equipe não usar um token, ele não poderá ser reutilizado para outro item. Mas poderá ser revertido um token anterior se julgar conveniente. Os itens também terão alguma flexibilidade: caso haja alguma mudança de fornecedor, piloto ou regulamento, a FIA autoriza a mudança. Bem como mudanças em espaçadores, arruelas e peças menores que não configurem uma modificação considerável nos itens.

Outro aspecto a ser considerado é a gestão dos motores. O regulamento prevê uma liberação de 3 UPs e 2 Unidades de baterias e centralinas se a temporada tiver pelo menos 15 etapas. Caso fique em 12 a 14, o número de UPs fica em 2 e se for menos de 11 etapas, a quantidade de baterias e centralinas cai para 1.

Hoje, a Liberty pensa em um calendário entre 15 a 18 provas, o que levaria ao uso completo das UPs. Mas já se falou que a Ferrari considerava estrear a segunda versão de sua UP agora na Áustria, que traria pelo menos 20 cavalos a mais do que a unidade levada para a Austrália.

Se fossemos ver sob a lógica do calendário anterior, a segunda unidade seria introduzida a esta altura, no Azerbaijão ou no Canadá (8ª e 9ª etapas), locais onde se exige bastante das Unidades de Potência. Mas neste caso? A unidade nova agora conta como primeira ou segunda? A unidade da Austrália poderia voltar a ser usada sem penalização? O ganho de performance vale o risco? E a confiabilidade?

As equipes terão muita coisa a considerar para esta administração e a quantidade de trabalho aumentará. São mais fatores para aumentar a imprevisibilidade da categoria e incrementar a carga histórica da temporada 2020, para gosto dos fãs…

 

LISTA DOS ITENS HOMOLOGADOS:

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