Liam Lawson, promovido à Red Bull Racing para a temporada 2025 da Fórmula 1, enfrenta um desafio significativo: ser companheiro de equipe de Max Verstappen, tetracampeão mundial. Segundo Paul Monaghan, engenheiro-chefe da equipe, a presença dominante do holandês exige uma força mental incomum de seus colegas.
Monaghan destacou que o desempenho de Verstappen testa os limites psicológicos de seus companheiros. “Se eles estão constantemente preocupados com comparações com o companheiro, acabam não conseguindo extrair o melhor de si mesmos e do carro. Isso pode ser um grande prejuízo”, afirmou Monaghan ao podcast Beyond the Grid.
Lawson, que substitui Sergio Perez, conquistou sua vaga após boas atuações nos onze GPs que participou pela RB (atual Racing Bulls) nas últimas duas temporadas, não ficando atrás do experiente Yuki Tsunoda. No entanto, a tarefa de correr ao lado de Verstappen é monumental, especialmente considerando o desempenho dominante do holandês nos últimos anos.
O desempenho muito abaixo do esperado de Perez foi um fator decisivo na perda do título de Construtores pela Red Bull em 2024, relegando a equipe ao terceiro lugar, atrás de McLaren e Ferrari. Com Lawson, a Red Bull aposta em juventude e potencial para reconquistar o topo.
Monaghan, com quase duas décadas na equipe, destacou a importância de uma mentalidade sólida. “Aceitar a superioridade de companheiros como Verstappen, (Fernando) Alonso ou (Michael) Schumacher, pode ajudar o piloto a tirar o máximo de si. É preciso manter o foco no próprio desempenho e trabalhar de maneira eficaz com os engenheiros”, acrescentou.
Lawson demonstra confiança e determinação, características que podem ajudá-lo a se destacar em sua nova posição. Contudo, o jovem piloto neozelandês vai precisar estar preparado para enfrentar a pressão de uma equipe que espera resultados imediatos e, acima de tudo, para lidar com a comparação inevitável com um dos maiores talentos da Fórmula 1 atual.