Jean Todt, ex-chefe da Ferrari e ex-presidente da FIA, falou sobre a forte ligação que mantém com a família Schumacher, a quem visita regularmente. Todt foi chefe de Michael Schumacher na Ferrari durante o período de domínio da equipe na Fórmula 1, entre 1999 e 2004, quando conquistaram seis títulos de construtores consecutivos e o piloto alemão faturou cinco títulos de pilotos. A amizade entre eles se fortaleceu após a primeira aposentadoria de Schumacher da F1, em 2006.
“Eu o vejo e sua família regularmente e sempre com afeição”, disse Todt ao jornal italiano La Repubblica em uma entrevista recente. “Nosso vínculo vai além da relação de trabalho de antigamente. Faz parte da minha vida, uma vida que hoje se desenrola muito além da Fórmula 1.”
Desde que o heptacampeão sofreu uma grave lesão cerebral em um acidente de esqui em dezembro de 2013, seguido por um coma induzido por vários meses, a família tem mantido a condição de Schumacher em sigilo, com o alemão atualmente morando em sua casa. Todt respeita essa decisão. “A família decidiu não responder a perguntas sobre a condição de Michael. Essa é uma escolha que eu respeito”, acrescentou.
Todt também comentou sobre a personalidade de Schumacher, que muitas vezes foi considerada controversa durante sua carreira na F1. O piloto alemão, que correu na F1 de 1991 a 2006 e depois de 2010 a 2012, então com a Mercedes, foi criticado por suas ações na pista e sua postura confiante fora dela. No entanto, para Todt, o caráter do ex-piloto da Jordan, Benetton, Ferrari e Mercedes, era frequentemente mal interpretado.
“Michael é um amigo, um irmão e ele fez história”, disse Todt, referindo-se ao fato de Schumacher ter se tornado o primeiro piloto a conquistar sete títulos de pilotos na F1, uma marca que foi igualada por Lewis Hamilton em 2020. “Ele pode ter parecido arrogante algumas vezes, mas na verdade, ele era muito tímido”, finalizou Todt.