Este espaço já tratou da questão da Renault várias vezes, bem como a discussão sobre o teto orçamentário e as modificações que o COVID-19 que operou na estrutura econômica da Fórmula 1. Entretanto, em conjunto com a McLaren, os franceses são quem estão mais em evidência neste momento.
Que a participação da montadora estava sendo questionada não era de hoje. Mas as luzes de alerta de todos acenderam quando o ministro das finanças francês declarou que “a Renault poderia desparecer”, caso um empréstimo de € 6 bilhões solicitado não fosse liberado (lembrando que o governo francês ainda é dono de 15% da empresa).
Como escrito aqui no último dia 17 (“O que será da Renault? Pilotos, estrutura e estratégias”), os franceses já tinham seus problemas antes da pandemia. Com isso, a permanência na categoria começou a ser questionada…
Cyril Abiteboul, o chefe da equipe, disse em entrevista que está “cansado” de responder questões sobre se a Renault realmente fica na Fórmula 1. Segundo ele, a introdução do teto orçamentário e das demais mudanças regulamentares, deixaram o projeto mais palatável e que o futuro estava garantido.
Entretanto, junto com este discurso, cada vez aumentaram as conversas de que a montadora francesa estaria buscando vender a equipe ou pelo menos encontrar alguém para ajudar a “pagar as contas”. Um dos modelos que surgiram na mesa foi o adotado em 2010, quando a Renault saiu da categoria e vendeu a operação para o fundo de investimento Genii, mantendo o fornecimento de motores (lembrando que a Genii ainda continua tendo participação acionária no time, aparece no carro e Gerard López, ex-chefe de equipe, é um dos diretores).
Inicialmente, a conversa de “dividir as contas” surgiu com a possibilidade da volta de Fernando Alonso ao time, incluindo a aquisição de ações (tal como Kimi Raikkonen fez na Sauber). Posteriormente, se vinculou a chegada dos investidores que estariam por trás da Panthera Racing, que teria o apoio dos franceses em um modelo semelhante ao da Haas.
Os italianos da Gazetta dello Sport trouxeram em sua edição de segunda um nome que volta e meia aparece como interessado em entrar na Fórmula 1: o bilionário do ramo petroquímico, Dmitry Mazepin. Se você lembrou do russo Nikita Mazepin, atualmente na F2, está certo. Trata-se do pai do piloto.
Este é um caso bem semelhante ao da família Stroll: um pai que aposta bastante na carreira do filho. A receita é a mesma: gastar rios de dinheiro, incluindo a aquisição de uma equipe na base (os Stroll investiram na Prema, enquanto os Mazepin focaram na Hitech). Não podemos ignorar até o financiamento de um programa de testes na F1, mas os russos foram além: fecharam um acordo com a Mercedes (teste em Barcelona ano passado refrescam a memória?). E o mais bacana: “papi” Mazepin era um dos interessados na compra da Force India, inclusive reclamando que foi lesado, pois a sua proposta seria maior do que a do consórcio liderado por Lawrence Stroll.
Caso esta possibilidade seja concretizada, o modelo seria o mesmo: a equipe teria que ter uma vaga para Nikita Mazepin. O problema é que, mesmo já tendo feito testes na Mercedes e na finada Force India, faltariam ainda 8 pontos para que o volante russo obtenha a pontuação para obter a SuperLicença (um 7º lugar no campeonato da F2 seria o necessário). Dentro deste quadro, poderia se pensar no russo como um potencial candidato a um posto.
O curioso é que o nome do russo também já foi atrelado a um possível negócio com a Mercedes caso esta resolvesse se desfazer da equipe e focasse somente no fornecimento de Unidades de Potência.
O fato é que o quadro deverá ficar claro até o final da semana. O governo francês anunciou um programa de apoio à indústria automobilística local estimado em € 8 bilhões, focando em incentivos a carros elétricos e baixa emissão de poluentes. Os detalhes ainda virão à tona (as primeiras informações dão conta que 75% do valor ficaria para a Renault, mas não abrangeria o valor solicitado anteriormente), mas este programa em conjunto com a revisão dos investimentos, que estava prevista mesmo antes da pandemia, dará uma melhor visão da situação.
Cyril Abiteboul diz que a Renault ficará na Fórmula 1 por vários anos. Será que é verdade? Será que ele quem não continua será o próprio Abiteboul? Como será o tempo em Paris na sexta? Aguardemos os próximos passos….
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