GP da Turquia de F1: O enigma turco

O tilkódromo mais adorado do público da F1 está de volta. Após 9 anos de ausência, a categoria volta para a Turquia. Em condições normais, isso não aconteceria. Mas como 2020 não é um ano qualquer, a COVID e a intenção do governo turco de trazer eventos de peso para o país para tentar criar uma imagem diferente, teremos o GP neste fim de semana (originalmente, seria Interlagos. Mas…).

Para alguns, a pista não é uma novidade. Hamilton, Vettel, Ricciardo e Raikkonen já bateram ponto anteriormente. Mas 9 anos são 9 anos. Os carros são bem diferentes e a pista também não é mais a mesma…

Neste GP, os organizadores decidiram recapear a pista. Junte isso a uma escolha conservadora de pneus por parte da Pirelli e um clima mais ameno, poderemos ter um novo Portimão. Como assim?

Em Portimão, tivemos uma pista desconhecida e totalmente “verde”. Todo mundo sofreu para achar uma situação minimamente decente de aderência para conseguir achar um acerto mínimo. Deveremos ver a repetição deste quadro, especialmente na sexta-feira. Com uma temperatura mais baixa, a gestão dos pneus será mais uma vez crítica.

Junte isso a um traçado que exige muito da aerodinâmica. A famosa Curva 8 não deverá ser tão desafiadora quanto era anteriormente. Os carros geram tanta pressão que, contornar suas três trajetórias, não deverá ser tão complicado. Mas o fantasma da construção dos pneus vai pairar…

Por quê? Lembram-se de Silverstone? Então… Mesmo com a escolha dos jogos mais duros por parte da Pirelli, a tal da delaminação pode aparecer. Mais uma vez, a fornecedora fez mais uma modificação na composição da distribuição dos compostos: as equipes terão um jogo de pneus duros a mais em detrimento dos macios. A expectativa é que tenhamos uma única parada, o que também ficará mais claro na sexta.

Justamente pela questão aerodinâmica, a Mercedes acaba por ser a favorita da prova e Lewis Hamilton tem tudo para obter seu sétimo título neste final de semana. A Red Bull tem que torcer para que os seus ajustes consigam fazer com que andem perto dos W11. E mais uma vez, a briga do “melhor do resto” (Renault, Racing Point e McLaren) deve ser a parte mais interessante da corrida.

A Turquia promete nos dar uma prova bem mais interessante e dá razão para aqueles pensarem em estabelecer corridas em locais “alternativos” para modificar um pouco as pistas que trazem muito dinheiro, mas poucas disputas. Se a COVID seguir granjeando em 2021 (embora não haja visão de plano B pela F1), podemos ter a permanência de Istambul na categoria…

 

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