A temporada 2021 da F1 já começou, mas o futuro do calendário ainda é incerto na categoria. De acordo com informações da imprensa internacional, o GP do Canadá está prestes a ser cancelado pelo segundo ano consecutivo, com a Turquia surgindo como possibilidade de substituição. Entretanto, a situação não é tão simples.
Na última semana, a Radio Canadá informou que a prova em Montreal, agendada para 13 de junho, seria cancelada por “razões de saúde pública”, ou seja, por conta da pandemia do novo coronavírus. Ainda, o relatório aponta que “as autoridades de saúde de Montreal concluíram que, mesmo a portas fechadas, sem espectadores, o risco de espalhar a Covid-19 é muito alto”.
A opção de a corrida acontecer com portões fechados foi apresentada, mas os organizadores estão inclinados a não realizar a etapa. A categoria evitou falar sobre o cancelamento, apenas se restringindo a dizer que “continuamos nossas discussões com os promotores do Canadá e não temos mais nenhum outro comentário”.
A prova no país da América do Norte é realizada com grande parte de dinheiro do governo. Por volta de $ 5 mi (cerca de R$ 27.9 mi) vem do governo, Quebéc fornece $ 4 mi (cerca de R$ 22.3 mi) e Montreal dá outro $ 1 mi (cerca de R$ 5.5 mi). A organização do Turismo de Montreal fornece também uma quantia e, o restante do montante é recolhido pela Octane, promotora da corrida, pela venda de ingressos, comidas e bebidas durante o final de semana. Portanto, sem público, sem lucros.
Outro ponto de atenção é a quarentena necessária para entrar e sair do Canadá. O país teria de adaptar os 14 dias de isolamento já que a F1 tem o GP do Azerbaijão apenas uma semana antes, em 6 de junho. Uma decisão não está longe de ser tomada e mesmo que o cancelamento seja confirmado, não é algo que preocupe, já que a praça tem contrato firmado com a categoria até 2029.
Com isso em vista, o movimento de buscar novas praças começou a ser feito. O circuito de Istambul, na Turquia, ganhou força como possível substituto para a prova no Canadá. A situação já aconteceu na temporada 2020, quando a disputa em Tusla foi adicionada posteriormente no calendário e aconteceu em 15 de novembro, com vitória de Lewis Hamilton, que conquistou o sétimo título.
Acontece que a pandemia do novo coronavírus na Turquia piorou e os casos voltaram a crescer no mês de abril. O pais passou de cerca de 65 mortes diárias em março para mais de 250 por dia em abril. Então, a questão de saúde pública também é um ponto a se prestar atenção na praça cotada para substituir Montreal.
Há outras pistas que estiveram no calendário de 2020 e que não estão em 2021. Um bom exemplo é Mugello, que foi palco do GP da Toscana, entregou uma prova bastante movimentada e como uma boa história entregou o primeiro pódio de Alexander Albon na F1.
É possível que a vaga de 13 de junho também fique vazia e nenhuma outra prova entre no lugar e o calendário passe de 23 para 22 etapas. Independente da decisão que a categoria máxima do automobilismo tomar, é um fato que a pandemia do coronavírus ainda tem grande efeito no esporte a motor e deve mexer no cenário por mais vezes no futuro. Resta saber como vai ser a adaptação.
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