O chefe da equipe de Haas, Gunther Steiner, disse que as demandas logísticas “brutais” dos testes de pré-temporada de Fórmula 1, teriam feito a possibilidade de testes no Bahrain impraticável para equipes menores.
O Bahrein recebeu os teste da pré-temporada no ano de 2014, e discussões foram realizadas em 2016 sobre o retorno à Sakhir, mas no final a F1 decidiu ficar mesmo em Barcelona.
O debate sobre o assunto surgiu depois de o clima, em Barcelona, não contribuir para boas condições na pista. Os dois primeiros dias do teste de 2018 na Espanha foram atrapalhados pelo tempo frio, com temperaturas que não chegaram acima de quatro graus Celsius na terça-feira (27). Nesta quarta-feira (28) a chegada da neve atrasou o início dos treinos.
Steiner disse que o fato das peças e partes serem entregues aos times diariamente, de suas bases na Europa, faz de Barcelona um local prático para os testes. Ele ainda acrescentou que, os componentes que precisassem voar para o Bahrain, aumentariam os custos consideravelmente para as equipes menores em particular.
“O custo é um dos elementos de ir para o Bahrein, não é fácil, assim como a logística”, explicou Steiner.
“Vocês não sabem o quanto de coisas chegam aqui (Barcelona) todos os dias para o carro. É brutal.
“Da Inglaterra ou da Itália, eles colocam componentes em uma van e dirigem oito horas, e eles chegam até aqui (Barcelona). Nós temos gente indo para cima e para baixo todos os dias.
Entende-se que foram realizadas discussões sobre cancelar o dia de teste dessa quarta-feira (28) e reorganizá-lo para outro momento, quando as condições deveriam ser mais quentes, mas isso exigiria um acordo unânime entre as equipes. Steiner disse: “Algumas pessoas tentaram fazer algo, mas sempre existe um ‘Não’. Você pode imaginar dois de nós (equipes) concordando com algo, imagine 10?
O diretor técnico da Force India, Andrew Green, também falou sobre a possibilidade da mudança do local de teste. Segundo ele, Bahrain teria um impacto significativo nas agendas das equipes. “Se fomos ao Bahrain, significa que a agenda de produção do carro tem que mudar por causa disso”, disse ele a publicação ‘Autosport’.
Apesar de todo os problemas, com a chuva e a neve, que atrapalham os testes e levantam questões como a mudança de local, Andrew Green disse estar confiante, de que na próxima semana, os times terão quatro bons dias para botar os carros na pista.