Neste sábado, em São Paulo, semana que antecede ao Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 2019, a F1, juntamente com a Heineken e o Instituto Ayrton Senna, realizaram um grande evento em homenagem ao falecido tricampeão, o Senna Tribute.
O evento reuniu em frente ao Parque do Ibirapuera, no Obelisco de São Paulo, grandes nomes do automobilismo, mas não só nomes de pessoas, mas também nomes como Toleman, Lotus, Mercedes e Renault.
Como parte principal da homenagem, os pilotos Felipe Massa, Emerson Fittipaldi, Pietro Fittipaldi, Esteban Gutierrez e Caio Collet, fizeram demonstrações em carros antigos e recentes da Fórmula 1. Além destes, pilotos como Tuka Rocha e Beto Monteiro fizeram demonstrações em karts, mas houve também exibições de carros de drift, motos Ducati de uma série em homenagem ao Senna, além da esquadrilha da fumaça.
O primeiro carro de Fórmula 1 que entraria na “pista” montada na Avenida Pedro Álvares Cabral seria a Toleman-Hart de 1984, cujo dono trouxe a máquina para o Brasil para participar da homenagem ao piloto do seu chassi, Ayrton Senna. Infelizmente, após tentativas falhas, Pietro Fittipaldi não conseguiu entrar na pista, pois o motor não permanecia ligado. Pouco depois, Felipe Massa fez uma tentativa, chegou a sair dos boxes, mas conseguiu andar apenas alguns minutos antes do carro morrer por duas vezes e a equipe desistir de tê-lo rodando.
De todo modo, a participação da Toleman foi, sem dúvidas, muito marcando, pois é um carro extremamente raro, que nunca havia viajado tanto, tampouco para o Brasil, país do seu piloto original. Os mecânicos e o próprio dono colocaram muito esforço para ter o carro rodando – e o público reconheceu isto.
Outro carro que foi para a pista foi a Mercedes AMG Petronas pilotada por Estaban Gutierrez – modelo relativamente recente, já da geração dos motores híbridos. Apesar de empolgar por ser um carro de F1, pelos diversos ‘zerinhos’ que Gutierrez fez para o público em suas várias aparições na “pista”, o barulho parecia pouco quando a Renault (na época Lotus) entrou na pista guiada por Caio Collet.
O jovem brasileiro não só estava empolgado por fazer uma aparição nas ruas da qual é praticamente vizinho em São Paulo, mas também porque foi sua segunda experiência no volante de um Fórmula 1.
Ele não foi o único empolgado, o público foi à loucura e quase ficou “surdo” quando Collet pisou fundo no motor V8 aspirado usado pela F1 até o início dos anos 2010 – depoimento de quem estava lá e já acompanhou a categoria várias vezes: saí correndo da beirada da pista com a mão sobre os ouvidos, pois eu já havia esquecido o quão forte e alto era esse motor; saudades!
Ao fim da sua primeira “volta”, Collet, empolgado, acabou errando e acertando a proteção na lateral da pista e perdeu a asa dianteira da Renault; isto não foi grande problema, pois ele voltou para os boxes, o time trabalhou e pouco depois o carro estava novamente na pista.
Depois de algumas voltas de Gutierrez e Collet foi a vez da grande “estrela” do sábado entrar na pista: a Lotus 97T, que foi pilotada por Ayrton Senna em 1985 e lhe rendeu sua primeira vitória da carreira, no GP de Portugal, no Estoril.
O primeiro a ir para a pista foi Emerson Fittipaldi, que, apesar de já ter 72 anos, parecia ainda um menino pilotando um Fórmula 1. Aliás, um ponto importante de lembrar: Fittipaldi voltou a pilotar um carro da equipe que defendeu entre 1970 e 1973 – saindo da equipe de Colin Chapman, quem lhe proporcionou um contrato na F1, 12 anos antes da produção daquele carro que pilotou hoje.
O público foi ao delírio, pois realmente, além de também ser um carro raro, mas que veio ao Brasil em 85 mesmo para disputar o GP em Jacarepaguá (RJ), voltou para exibição em exposições – porém foi a primeira vez em muitos anos que voltou a correr em solo brasileiro.
Quando parecia que a “volta” de Emerson já havia sido encerrada, Viviane e Leonardo Senna se aproximaram da pista com uma bandeira brasileira em punho, que foi passada ao ex-piloto que deu mais algumas voltinhas pelo traçado empunhando a bandeira ao som do “Tema da Vitória”, repetindo o gesto que Ayrton fez 41 vezes. O público começou então a gritar e vibrar “Olê, olê, olá, Senna, Senna!”.
Para fechar o dia de carros em atividade no Parque, Felipe Massa assumiu a Lotus das mãos de Emerson para dar sua “volta” final. Próximo já ao fim da sua apresentação, Massa chamou um garoto em meio ao público para que pulasse a grade, se aproximasse e passasse a ele a bandeira brasileira e, mais uma vez, a marca registrada de Ayrton Senna foi repetida – carregar nossa bandeira para uma volta da vitória.
Por fim, todos os pilotos que participaram da programação do dia fizeram um desfile a pé por todo o traçado para saudar, tirar fotos, distribuir autógrafos e dar alguns abraços no público.
O evento foi envolto em emoção, belíssimos carros, grandes pilotos e, sem dúvida, para quem teve a oportunidade de acompanhar, inesquecível.
A F1Mania.net esteve presente com grande equipe para trazer nos próximos dias àqueles que não compareceram e também para os que estiveram lá, mas querem relembrar tudo, o que melhor de aconteceu no evento – além das imagens dos carros, que era o principal, traremos também diversas entrevistas que fizemos com personalidades que participaram do Senna Tribute.
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