F1
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16 de dezembro de 2024 11:04

Investigação do Departamento de Justiça dos EUA abriu caminho para Cadillac na F1

A entrada da Cadillac na Fórmula 1 a partir de 2026 é muito mais profunda do que apenas a chegada de uma nova equipe. Segundo relatórios, uma pressão de investigação antitruste liderada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos exerceu um papel fundamental para a chegada da montadora da GM.

A tentativa de entrada do time ao grid da categoria começou com Michael Andretti, que teve de passar por tortuoso processo aplicado pela FIA. E apesar de a aplicação, que passou por licitação, ter sido aprovada pelo corpo governamental, encontrou resistência com a Liberty Media e a Formula One Managemente [FOM], além das já existentes dez equipes do pelotão.

Foi então que o Departamento de Justiça dos EUA começou a investigar a Fórmula 1 por possíveis práticas antitruste. A investigação se concentrou, principalmente, nas questões comerciais envolvendo as equipes e Liberty Media. Segundo o jornalista Joe Saward, “os boatos da F1 sugeriram que o DOJ deve ter encontrado algum tipo de evidência irrefutável envolvendo um grupo do WhatsApp composto pela F1 e cinco equipes: Mercedes, Ferrari, Aston Martin, McLaren e Red Bull Racing, e que o conluio forçou um acordo que não é vantajoso para as equipes existentes.”

Essa situação gerou uma pressão considerável sobre Liberty Media, já que o governo americano possui um histórico de rigor em investigações antitruste, e isso fez com que a Fórmula 1 se visse pressionada a agir para evitar problemas maiores.

Em meio à investigação, outros fatores políticos também começaram a influenciar os rumos da F1. Greg Maffei, CEO da Liberty Media, que se opôs à proposta de Andretti, anunciou que deixaria o cargo no final de 2024. Além disso, Michael Andretti se afastou da liderança de sua equipe, permitindo que Dan Towriss assumisse o comando da Andretti Autosport. Towriss, então, estreitou laços com a General Motors, que, ao lado de TWG Global, ajudou a criar a proposta para a entrada da Cadillac no grid.

Curiosamente, no anúncio oficial, o nome de Andretti não foi mencionado, mas sim a parceria entre a General Motors e a TWG Global, liderada por Towriss. Isso gerou especulações sobre como o envolvimento de diferentes figuras e empresas ajudou a impulsionar a Cadillac para o grid, sem que a F1 precisasse lidar diretamente com a figura do dirigente estadunidense.

Além das questões comerciais e da investigação antitruste, outro fator relevante foi a transição de poder nos Estados Unidos. Com a eleição de Donald Trump para um segundo mandato, havia uma expectativa de que a administração de Joe Biden, que estava por trás da investigação do DOJ, fosse substituída. A mudança de poder teria impacto sobre a investigação, e a Liberty Media queria resolver a questão rapidamente antes da posse de Trump.

John Malone, presidente da Liberty Media e um conhecido apoiador de Trump, tinha não apenas a investigação antitruste sobre a F1 para lidar, mas também outra envolvendo sua empresa Live Nation. A chegada da Cadillac foi vista como uma forma de apaziguar a situação e evitar maiores complicações legais e políticas.



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