A Fórmula 1 divulgou nesta sexta-feira (6) suas principais propostas, em uma reunião com todas as equipes e com a FIA, onde a Liberty Media apresentou suas ideias para o esporte a partir de 2021.
A Liberty delineou cinco áreas-chave, onde pretende implementar planos novos ou alterados: as configurações da unidade de potência, um limite de custos, uma distribuição de receita mais uniforme entre as equipes, atualizando as regras esportivas e técnicas e simplificando a governança da FIA.
Os futuros regulamentos dos motores são uma das principais questões, prioridade de Ross Brawn, diretor esportivo da F1. Ainda no ano passado, Brawn já havia sugerido a simplificação dos atuais motores turbo 1.6 V6, mantendo os elementos híbridos, para garantir que as unidades permaneçam relevantes, elementos que ressurgem na proposta de hoje.
Uma das questões mais conflituosas tem sido um potencial limite de custo, que deve ser de 150 milhões de dólares por ano para cada equipe. Enquanto certos bônus foram mantidos para acalmar as “ameaças” de saída da Ferrari.
O presidente e CEO da F1, Chase Carey, que substituiu Bernie Ecclestone na liderança da categoria, há pouco mais de um ano, diz que as propostas foram produzidas para proteger os pontos fortes do esporte e melhorar outras áreas que têm sido continuamente criticadas por torcedores e equipes.
Plano completo da Liberty Media para F1:
Unidades de potência (motores)
• As unidades devem ser mais baratas, mais simples, com som mais alto, ter mais potência e reduzir a necessidade de penalidades no grid.
• Devem permanecer relevantes ao uso de mercado, serem híbridas e permitirem que os fabricantes construam seu motor único e original.
• Novas regras de motores devem ser atrativas para novos potenciais fabricantes e as equipes de clientes devem ter acesso a desempenho equivalente as fornecedoras.
Custos
• Acreditamos que a maneira como você gasta o dinheiro deve ser mais decisiva e importante do que quanto dinheiro você gasta.
• Embora existam alguns elementos padronizados, a diferenciação do carro deve permanecer como o principal elemento.
• Implementação de um teto de custo (estimado em US $ 150 milhões de dólares por ano) que mantenha a posição da Fórmula 1 como o auge do automobilismo com tecnologia de ponta.
Receitas
• Os novos critérios de distribuição de receita devem ser mais equilibrados, com base na meritocracia do desempenho atual e recompensar o sucesso das equipes e do Detentor dos Direitos Comerciais.
• A franquia e valor histórico exclusivo da F1 devem e ainda serão reconhecidos.
• Suporte de receita para carros e fornecedores de motores.
Regras e regulamentações esportivas e técnicas
• Precisamos tornar os carros mais viáveis para aumentar as oportunidades de ultrapassagem.
• A tecnologia de engenharia deve permanecer um ponto principal, mas a habilidade do piloto deve ser o fator predominante no desempenho do carro.
• Os carros devem e permanecerão diferentes uns dos outros e manterão os diferenciais de desempenho como aerodinâmica, suspensões e desempenho da unidade de potência (motor). No entanto, acreditamos que áreas não relevantes para os fãs precisam ser padronizadas.
Governança
• Uma estrutura simples e simplificada entre as equipes, a FIA e a Fórmula 1.