A McLaren está avançada nas negociações com a equipe Mercedes para fornecer seus motores na próxima temporada. Com essa nova parceria a McLaren espera manter Fernando Alonso em seu esquadrão para a temporada de 2018 da F1.
A informação do britânico “Daily Mail” diz que a McLaren irá deixar seu atual fornecedor de motor, a Honda, depois de perder a paciência com a japonesa que não conseguiu entregar um motor competitivo para esta temporada. A “separação” custará aproximadamente 78 milhões de Euros para a McLaren.
O antigo acionista da McLaren, Mansour Ojjeh, falou longamente no paddock, em Montreal, antes do GP do Canadá do domingo, com o presidente da Mercedes, Niki Lauda, e o chefe da equipe, Toto Wolff, sobre o novo acordo.
Os envolvidos no esperado acordo dizem que ainda existem obstáculos à serem superados, mas que estes questionamentos estão longe de serem insuperáveis.
Eric Boullier, diretor da McLaren, disse ao ‘Sportsmail’ que ele não acreditava que o acordo fosse concluído. Mas a McLaren acredita em particular que as negociações serão positivas.
A notícia oficial do acordo é esperada para antes das férias de agosto, embora os motores fossem fornecidos apenas para a temporada do ano que vem.
A frustração da McLaren com a Honda chegou ao limite com a falha do motor de Alonso enquanto ele estava em uma boa posição durante a corrida em Montreal.
A equipe é a última no Campeonato de Construtores com “zero” pontos. Dez motores já “se foram” durante esta temporada. Boullier falou sobre a última quebra de Alonso: “É difícil encontrar as palavras certas para expressar nossa decepção, nossa frustração e, sim, nossa tristeza. Então vou dizer apenas isso: não está sendo bom o suficiente.”
A necessidade de encontrar uma solução rápida se dá porque o contrato de Alonso vencerá no final desta temporada. O espanhol já disse que anunciará seus planos para o futuro após as férias de agosto, e a perspectiva de um carro competitivo é o fator-chave em sua decisão. A Mercedes ofereceria isso. No entanto, a saída da Honda desfalcaria a McLaren em quase 80 milhões de Euros.
Com Alonso atualmente recebendo 25 milhões de Euros por ano, deixaria um enorme buraco financeiro na equipe. Ele poderia aceitar menos dinheiro ou Ojjeh pode financiar as demandas do bi-campeão do mundo de seu próprio bolso. O custo de locação dos motores seria cerca de 10,6 milhões de libras esterlinas.
Ojjeh voltou a comandar a McLaren depois de Ron Dennis deixou o cargo de diretor executivo no ano passado. Ele quer recuperar o brio da equipe detentora de oito Campeonato de Construtores e 12 títulos por piloto.
Dennis argumentou que a McLaren precisava de seus próprios fornecedores de motor para serem campeões mundiais novamente, em vez de ser apenas uma equipe de trabalho. Zak Brown, novo diretor executivo, disse na semana passada que não concorda com os mecanismos de locação e que isso traria uma desvantagem competitiva levando em consideração as equipes que já recebem o motor Mercedes, Williams e Force India que sempre recebem suas atualizações depois da equipe de fábrica da Mercedes.
A Mercedes não quis comentar qualquer envolvimento futuro com a McLaren.