Nos preparativos para a volta da Fórmula 1 no próximo dia 05, a Mercedes surpreendeu e anunciou nesta segunda a saída de Andy Cowell, o todo poderoso responsável pela área de motores. Após 16 anos de serviço, o inglês de 51 anos anuncia estar em busca de novos desafios e deixará seu posto em julho, após ter informado em janeiro suas intenções.
Cowell deixou sua marca também nos Cosworth V10 de 1998 e na “bomba de potência” da BMW V10 em 2001. Sua chegada à Mercedes se deu em 2004, após um breve retorno à Cosworth. Desde então, participou ativamente no desenvolvimento dos motores alemães. E foi um dos principais responsáveis pelo sucesso da atual Unidade de Potência Híbrida, usada na categoria desde 2014, além de preparar a entrada da Mercedes na Fórmula E.
A responsabilidade de seus papéis será redistribuída e Hywel Thomas, que também está envolvido na construção dos Mercedes desde 2004, assumirá a responsabilidade direta sobre o projeto Fórmula 1. Para assumir o restante das ações, que abrangem o desenvolvimento do trem de força para a Fórmula E e para o Mercedes AMG One, também tomam parte Adam Allsopp (responsável pelo powertrain), Richard Stevens (diretor de operações) e Ronald Ballhaus (diretor de finanças e TI).
Esta seria mais uma grande mudança que a Mercedes faz em sua estrutura desde que estabeleceu o seu domínio na Fórmula 1. Em 2017, Paddy Lowe saiu para a Williams e em 2018 foi anunciada a saída de Aldo Costa, diretor técnico, além de uma intensa reorganização de papeis dentro do time. Sem esquecer a morte de Niki Lauda.
Nada impede de que o inglês posso se juntar a algum concorrente. Até agora, além do anúncio da “consultoria” até o início de 2021, nada se sabe. Mesmo uma permanência no grupo Daimler não é descartada. Mas como ele próprio declarou em seu perfil na página da Mercedes, a Fórmula 1 é “um sonho de criança”. E para alguém que já esteve em outros locais (sua carreira começou em um estágio na Reynard), não seria difícil pensar em continuar neste meio.
A saída de Cowell é importante. Mas a Mercedes quer provar que a força da estrutura se sobrepõe aos indivíduos. E este movimento foi executado em um momento bem interessante, pois, com as novas regras estabelecidas para corte de gastos, o foco de desenvolvimento de novos motores para a F1 fica para 2026 e um trabalho desde se inicia em 2023 pelo menos. Além disso, a Fórmula E também se encontra em um momento de “congelamento” das especificações para conter os custos, o que reduz um pouco a pressão sobre o gabinete de projetos. Seria um momento menos turbulento para o início de projetos. Embora este time está junto a um bom tempo e sabe como funcionam as coisas.
A Mercedes já provou mais de uma vez que, em time que está ganhando, se mexe sim. Um grande talento está de partida, mas a força do conjunto será testada mais uma vez, naquele que talvez seja o maior desafio até aqui.
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