O que podemos esperar das próximas corridas da F1? Hamilton ou Vettel?

No último domingo (09/04), Lewis Hamilton reinou absoluto na China. O que vimos foi um massacre da Mercedes sobre seus rivais. Além de vencer, Hamilton mostrou toda a força que a Mercedes pode conseguir em um curto prazo. E isso deve se repetir durante toda a temporada de 2017.

Na primeira etapa do campeonato – na Austrália há duas semanas atrás, Hamilton não venceu. Garantiu a pole para a corrida, largou bem, mas um erro de estratégia advinda da interpretação necessária para os novos carros tirou a vitória do inglês. A Ferrari está mais forte, isso é fato. Mas não suficiente para andar roda a roda com a Mercedes. Não com Hamilton. Sebastian Vettel é um piloto diferenciado e já mostrou isso em outras oportunidades, mas Hamilton também é.

O inglês parece estar no auge de sua forma e é improvável que perca o título para Vettel. A grande incógnita fica mesmo com o campeonato de construtores. Já que Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen parecem ser coadjuvantes na briga pelo título de pilotos, vão acabar decidindo o mundial de equipes. Momentaneamente a Mercedes tem 66 pontos, um à frente da equipe italiana, graças ao bom resultado de Bottas na primeira etapa, subindo ao pódio em terceiro lugar.

Também é provável que a Mercedes tenha ainda mais para “tirar da cartola”. Sim! Por mais que isso possa “doer” nos aficionados por corridas “iguais” e chances de ultrapassagem. A Fórmula 1 nunca foi assim. Com raras exceções, sempre tivemos uma equipe na ponta e as outras correndo atrás do prejuízo, justificando o alto nível de evolução da categoria.

A boa surpresa desse ano será a briga no pelotão intermediário. Liderado pela Red Bull, que não mostrou força para brigar com Ferrari e Mercedes, a briga deve ser intensa entre Williams, Force India, Renault, Haas e Toro Rosso. Com a lanterna ficando à cargo de Sauber e McLaren. Não há como cravar uma perspectiva, diferente do que acontece com o Mundial de Pilotos.

Red Bull está na frente desse pelotão, sem dúvidas, e com a melhora em sua unidade de potência prevista para o GP da Áustria é possível que voltem a brigar com as favoritas Ferrari e Mercedes.

Nos testes da pré-temporada e também no GP da Austrália, a Williams parecia ser a favorita a ocupar o lugar da Red Bull quando essa por algum motivo se ausentasse. E foi assim, com o abandono de Daniel Ricciardo o sexto lugar foi ocupado pelo brasileiro em Melbourne. Mas se Ricciardo tivesse uma corrida normal isso seria difícil de acontecer.

Já na China, Massa teve um desempenho péssimo e seu companheiro Lance Stroll quebrou, resultando em “zero” pontos para a Williams.

Quem se mostrou a equipe mais qualificada para ser a vice-líder do pelotão intermediário é a Toro Rosso. Com um oitavo e nono lugares na Austrália e com o bom resultado de Carlos Sainz na China, conseguindo a sétima colocação ela é a quarta colocada no mundial de construtores com 12 pontos. Atrás da Red Bull com 37 pontos. Force India está em quinto com 10 pontos, 2 a frente da Williams que marcou 8 pontos com Massa na Austrália.

Com 4 pontos, a Haas demonstrou pouca confiabilidade com as quebras na Austrália porém foi capaz de completar a corrida da China com ambos os pilotos e Kevin Magnussen garantiu uma boa oitava colocação, com Romain Grosjean chegando em décimo primeiro.

Nico Hulkenberg e a Renault beiraram a zona de pontuação na Austrália com um décimo primeiro lugar mas piorou na China e terminou em décimo segundo. A equipe francesa deve mesmo ser a líder da “zona de rebaixamento”, caso isso existisse na F1, já que a briga pela última colocação ficará entre Sauber e McLaren. A McLaren tem Fernando Alonso e isso não pode ser desconsiderado. O espanhol ainda mostra muita habilidade e se diz fazendo as melhores corridas de sua vida. Deve pontuar, mais cedo ou mais tarde.

Marcus Ericsson já mostrou sua habilidade na F1, pouca – e com a Sauber não deve conseguir pontuar esse ano, salvo algum acontecimento “anormal” em alguma corrida. Antonio Giovinazzi ou Pascal Wehrlein? Conseguirão levar a Sauber até os pontos? A briga também será “boa” pela última posição do Mundial de Construtores.