A notícia apareceu na semana passada: a Ferrari vai testar em Mugello na próxima terça, dia 23. Várias fontes, especialmente da Itália, davam o fato, mas com divergência: alguns diziam que seria usado o carro de 2018. Outros, falam que os italianos lançariam mão do segundo dia de filmagem previsto no regulamento para usar o SF1000. Hoje cedo, veio a confirmação oficial: teste com o SF71H (carro de 2018).
Mesmo com todo o quadro, o foco será simplesmente “tirar a ferrugem” dos pilotos. Assim, o uso do carro de 2018 é normal e se alinharia com outras equipes fizeram, como a Mercedes e a Renault. Mas no caso italiano, o buraco é mais embaixo…
Quem acompanhou os testes de Barcelona e o discurso de pilotos e da área técnica, deu conta que a Ferrari não se colocou em posição de efetivamente disputar a liderança, com muita gente inclusive a colocando como “terceira força”. O trabalho feito em Maranello ficou firme para tentar melhorar a situação (se falou inclusive em uma versão B que seria usada no início da temporada europeia) e a posição era de “sobrevivência”.
Veio a crise do COVID e o trabalho foi todo “congelado” (ao menos oficialmente…). Estava encaminhado o novo pacote aerodinâmico, bem como a versão 2 da unidade de potência, que daria de 15 a 20 cavalos a mais em relação à versão inicial (más línguas dizendo que a retirada das artimanhas ditas no ano passado e motivadas pelo acordo com a FIA reduziram a potência). Mas um trabalho mais firme acabou sendo prejudicado.
Conforme dito pela versão italiana da Motorsport e pelos alemães da Auto Motor und Sport, a Ferrari teria descoberto um problema na caixa de câmbio, que não teria a devida rigidez e acabaria gerando uma instabilidade maior na traseira, prejudicando os pilotos e deixando o carro mais lento. O objetivo dos técnicos italianos seria reduzir ao máximo o tamanho da caixa para poder melhorar mais ainda o fluxo de ar e aumentar a eficiência do difusor (gera quase 50% da pressão aerodinâmica de um Fórmula 1).
Caso este problema realmente exista, demandaria a confecção de uma nova caixa de câmbio, o que levaria a um possível aumento de peso. E isso impacta diretamente na distribuição de peso do carro, que é definida pelo regulamento. Portanto, esta mudança pode acabar impactando o desempenho de outra forma…
Mesmo com toda a limitação prevista (proibição de uso de telemetria, pneus especiais e quilometragem restrita), o uso do SF1000 permitiria à Ferrari verificar se os novos componentes estariam funcionando perfeitamente e bancaria o risco de já usá-los nos GPs da Áustria e Estíria, no início de julho, no começo efetivo da temporada 2020.
Além disso, o teste serviria como mais um bônus na campanha pela entrada de Mugello no calendário. Tudo indica que é uma questão de tempo a confirmação, já que o Prefeito de Florença declarou que estava “praticamente certo”. E não podemos esquecer que a pista é de propriedade da Ferrari e este seria o local onde o 1000º GP da equipe na categoria seria disputado. Sem contar que alguns dados poderiam ser captados…
A Ferrari joga pesado para tentar recuperar o tempo perdido, mesmo com toda a limitação inclusa nas últimas alterações regulamentares. Binotto tem muitas preocupações na mesa e é de interesse que o carro ande bem para poder garantir a continuidade do seu posto. Mas a escolha do carro de 2018 para este teste acaba por indicar muita coisa…
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