Oliver Oakes, novo chefe de equipe da Alpine, está se adaptando rapidamente ao mundo da Fórmula 1 após substituir Bruno Famin no comando da equipe logo após o GP da Bélgica. Oakes, que veio da Fórmula 2 e Fórmula 3, onde era diretor e fundador da Hitech GP, compartilhou suas primeiras impressões sobre a categoria e destacou as diferenças e semelhanças em relação às competições de base. Em uma recente entrevista durante o GP de Singapura, o britânico falou sobre o que aprendeu desde sua chegada à F1 e como foi recebido pelos outros chefes de equipe, incluindo Toto Wolff, da Mercedes.
“É engraçado, algumas coisas são realmente parecidas [com a F2 e a F3]. Você encontra os mesmos personagens em papéis diferentes, mas o cenário é similar,” disse Oakes. “Não importa o que você corra, algumas coisas continuam as mesmas, apenas com outras pessoas. Algumas são bem diferentes. O Toto me fez rir quando me ligou e disse: ‘bem-vindo ao clube do Stefano’. Existe um pouco dessa camaradagem, o que é divertido.”
Oakes reconhece que, enquanto algumas dinâmicas são familiares, a Fórmula 1 apresenta novos desafios, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento dos carros. Ao contrário das categorias de base, onde todos os competidores utilizam o mesmo modelo de carro, na F1 as equipes precisam não apenas projetar seus próprios veículos, mas também criar soluções inovadoras para ganhar vantagem sobre seus rivais.
“Recentemente, o assunto da McLaren sobre as asas flexíveis chamou a atenção. Eles fizeram um bom trabalho, mesmo com todos indo contra eles,” comentou Oakes, referindo-se às recentes controvérsias sobre o design do carro da equipe de Woking. “No momento, não estou envolvido nisso. Só precisamos fazer um carro melhor, mas não há nada como a Fórmula 1, não é?”
Comparando com sua experiência nas categorias juniores, Oakes destacou a simplicidade das competições de base, onde os carros são padronizados, permitindo uma análise mais objetiva do desempenho de cada equipe. “Nas categorias juniores, é interessante. Você tem a vantagem de que todos têm o mesmo carro, então é uma abordagem mais simples. Você sabe, de uma semana para a outra, se fez um bom ou um mau trabalho,” explicou. “Mas, no fim, muito é igual. É sobre as pessoas, sobre ter confiança nelas e ser reativo. Você sabe qual é o problema e precisa resolvê-lo.”
O relacionamento com os pilotos também é uma parte crucial do trabalho de Oakes na Alpine, e ele elogiou a postura profissional de seus dois pilotos, Esteban Ocon e Pierre Gasly. “Trabalhar com os pilotos é uma parte importante. Sou sortudo por ter o Esteban e o Pierre. Eles são muito profissionais. Há muitas histórias sobre eles na imprensa, mas este ano têm sido muito bons. Com tudo o que a equipe passou, eles estão se esforçando bastante, o que facilita meu trabalho.”
Atualmente, a Alpine ocupa a nona posição no campeonato de construtores, três pontos atrás da Williams, o que demonstra os desafios enfrentados pela equipe. Mesmo assim, Oakes parece otimista quanto ao futuro da equipe, à medida que se ajusta ao ritmo da Fórmula 1 e busca melhorias no desempenho.