Embora o veto das equipes aos pneus 2020 tenha sido usado, a permanência dos pneus de 2019 para a temporada deste ano pode criar mais uma variável para as provas, ao invés de garantir uma estabilidade das situações de desempenho.
Ao longo do ano passado, a Pirelli realizou um intenso programa de desenvolvimento, incluindo vários dias de treinos com todas os times, de modo a obter o máximo de informações para concluir as especificações finais. Mas o trabalho de conceber os carros 2020 foi iniciado com os dados de 2019 enquanto os italianos não fechavam o trabalho.
A fabricante entregou aos times os dados definitivos referentes aos modelos 2020 em setembro e os pneus foram entregues para avaliação nos treinos livres de Austin. Diante da recepção fria e de várias declarações de que “não havia evolução suficiente”, o movimento para a permanência dos modelos 2019 tomou forma e foi vencedor após os testes pós-temporada em Abu Dhabi.
Em tese, para as equipes a continuidade dos pneus traz uma previsibilidade. Afinal, foi um ano inteiro de trabalho e o seu funcionamento acaba por ser muito melhor entendido e ajuda na concepção dos carros, bem como do acerto. Uma das reclamações era que estes pneus tinham uma janela de funcionamento não tão grande (a faixa de temperatura em que a borracha entrega o melhor desempenho, não só em velocidade, mas desgaste) e acabava sendo uma loteria otimizar o uso.
A Pirelli perseguiu esta evolução para os pneus de 2020: tornou os compostos um pouco mais duros, modificou sua construção de modo a dar um pouco mais de margem às equipes e mexeu na pressão. Mas isso prejudicou a aderência e tornou a gestão mais difícil, deixando o comportamento dos carros mais difícil.
Ora, então manter 2019 foi um acerto não? Mais ou menos.
Esta decisão pode tornar as corridas um pouco mais complicadas, pelo menos no início. Como observado pelo responsável da Pirelli, Mario Isola, os carros de 2020 terão mais velocidade e mais pressão aerodinâmica. E como os pneus são parte mais do que importante para o desempenho dos carros, acabarão por sofrer impactos maiores do que os previstos originalmente.
E o que isso pode acarretar? A gestão dos pneus, embora mais conhecida, pode ser mais crítica: os pneus flexionarão mais, aquecerão mais cedo…e a intenção de estabilidade pode não se cumprir. Poderemos ter cada vez mais casos como o da Haas no ano passado se repetindo: andar muito bem nos treinos e no início das provas e depois não conseguir mais obter o melhor rendimento dos pneus.
Por enquanto, a Pirelli anuncia que fará alterações somente na pressão dos pneus, a aumentando. Isso traz menos aderência e maior dificuldade para atingir a temperatura ideal, além de piorar a dirigibilidade. Ou seja, mais desafio para os pilotos e equipes em busca de acerto ideal para as corridas.
Não temos acesso a todos os dados e estas são observações tiradas com base na experiência. Pode até ser que isso não aconteça, já que os engenheiros de F1 são capazes de coisas impressionantes. Mas a tendência é que tenhamos uma pré-temporada e os primeiros GPs animados (os italianos escolheram compostos bem conservadores para as 4 etapas iniciais – C2/C3/C4) e a Pirelli possa ser chamada a trazer os pneus previstos originalmente para este ano….
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