Categoria: F1
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19 de agosto de 2020 16:42

Pacto assinado: Concórdia, mas não o fim da guerra na F1

Após muito jogo político, negativas e ameaças, as 10 equipes da F1 assinaram o novo acordo comercial com a FIA e a Liberty Media, dona da categoria. Os contratos venciam até o final deste ano e agora terão validade até o final de 2025.

Chamado de “Pacto de Concórdia” (baseado no primeiro acordo firmado em 1981, para acabar com uma “guerra” entre construtores e a FIA, localizada na Praça da Concórdia, em Paris. Por isso também o trocadilho), este documento rege as relações comerciais entre os interessados na categoria. É mais uma parte da reestruturação da governança da F1, que já vinha sendo desenhada desde 2017, quando a Liberty Media assumiu o controle.

Desde o início, os americanos queriam uma mudança significativa no jeito em que a F1 era tocada. Uma das questões identificadas para reduzir a diferença entre os times era a diferença de valores dados a cada um. Esta sempre foi uma situação na mesa e que piorou com a decisão de Bernie Ecclestone fechar contratos separados com cada equipe.

O principal motivo de discussão era…dinheiro. Hoje, as equipes recebem valores baseados em participação no campeonato de construtores, além de uma parte em cima de resultados passados e fatores históricos. Neste último campo, se enquadram Ferrari, McLaren e Williams.

O cabo de guerra se fez: as equipes querendo mais dinheiro e a Liberty Media querendo fazer mais caixa, de modo a garantir a lucratividade ao negócio, já que até o momento não tiveram o retorno esperado quando compraram a categoria.

As discussões se deram muito fortes nos bastidores e “vazamentos” estratégicos foram aparecendo. E a parte comercial acabou sendo a última a ser fechada. Muita gente passou batida, mas a mudança estabelecida pela FIA do fim da unanimidade para a introdução de alterações no regulamento, se aproveitando da pandemia, foi uma ação que ajudou a desmontar um dos espíritos da governança na F1. Outra foi a aprovação do teto orçamentário que, embora tenha muitos aspectos para ser melhorado, tem uma importância no processo.

Os detalhes aparecerão com o tempo. Mas se sabe que, mesmo com todo o discurso, a distribuição de recursos não deve ter tantas alterações assim e a Ferrari ainda mantém algum poder de veto por conta de seu status histórico.

Quem sai como aparente vencedor no processo foi Chase Carey, o bigodudo executivo da F1. Esta era uma de suas obsessões e, embora não tenha conseguido fazer tudo que pretendia, consegue uma cirurgia plástica considerável nesta senhora de 70 anos. Agora, podemos dizer que a Liberty Media consegue efetivamente deixar as coisas do jeito que queria desde o início.

Agora, a preocupação principal é garantir quem será o sucessor de Carey, já que seu contrato acaba no final de 2021 e não pode continuar por conta dos estatutos da Liberty. Mas a lista continua: Renovar os acordos comerciais com os parceiros atuais, concluídos com ainda na gestão Ecclestone (com exceção da saudita Aramco), além de obter novos; expandir a participação nas redes sociais e aumentar o alcance junto ao público, seja por streaming (F1 TV inclusa) e meios convencionais. E principalmente:  começar a desenhar o futuro técnico da categoria para além de 2025, especialmente no que se refere a tecnologia de motores.

A concórdia veio. Mas não significa o final da guerra.

 

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