Pierre Gasly, atualmente o principal piloto da equipe Alpine, teve seu lugar na Fórmula 1 protegido pela FIA em um momento crucial de sua carreira. Segundo o piloto reserva da McLaren, Pato O’Ward, uma intervenção do órgão regulador impediu sua entrada na categoria em 2019, o que acabou favorecendo o francês.
Gasly enfrentava um período de incertezas após ser rebaixado da Red Bull Racing para a Toro Rosso (atual Racing Bulls) no meio da temporada de 2019. Apesar do desempenho abaixo do esperado ao lado de Max Verstappen, ele ainda contava com a confiança da estrutura da equipe. Foi nesse contexto que Helmut Marko, consultor da Red Bull, planejou substituir Gasly em definitivo para 2020, oferecendo a vaga ao então jovem talento do IndyCar, O’Ward,que continua correndo na Indy, além de ser reserva da McLaren na F1.
“Helmut Marko me contratou. Eu assinei um contrato para entrar na Toro Rosso no final de 2019”, afirmou O’Ward ao canal de YouTube de Roberto Mtz. No entanto, a entrada do mexicano foi barrada pela FIA, que exigiu que ele acumulasse mais pontos de superlicença, algo que o levou a competir na Super Formula no Japão.
O’Ward, agora com uma visão mais madura, reconhece que talvez não estivesse preparado para a Fórmula 1 naquele momento: “Se me perguntassem se eu estava pronto para a F1 em 2019, diria que não. Mentalmente, eu não estava pronto.”
Enquanto isso, Gasly conseguiu reconstruir sua carreira. Ele marcou sua primeira vitória na F1 em Monza, em 2020, e se estabeleceu como um piloto consistente, o que o levou à Alpine, onde continua a demonstrar seu valor.
A decisão da FIA de endurecer os critérios de superlicença para O’Ward, gerou especulações sobre uma possível proteção a Gasly, já que a sede do órgão está em Paris e o francês era visto como um talento nacional a ser preservado. Mesmo assim, a intervenção permitiu que Gasly trilhasse um caminho de sucesso após os desafios enfrentados no início de sua trajetória na categoria.